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Áudio atribuído à diretora do Hospital Regional de Cajazeiras revolta radialistas: “Pedimos providência”

Áudio atribuído à diretoria diz que rádios de Cajazeiras "não querem informações, querem fazer fuxico". Declaração gerou repercussão em entidades de imprensa

Por Luis Fernando Mifô

18/04/2024 às 15h48 • atualizado em 18/04/2024 às 16h35

Um áudio cuja voz é atribuída à diretora do Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), Jacylene Eduardo de Sousa, gerou revolta em radialistas de Cajazeiras e está repercutindo na imprensa paraibana. A primeira entidade a se manifestar foi a Associação Cajazeirense de Imprensa (ACI), que emitiu uma nota de repúdio contra a diretora (leia abaixo da matéria).

No áudio que vazou em grupos da imprensa, a diretoria do HRC estaria criticando a postura das emissoras de rádio. “As rádios de Cajazeiras não querem informações, querem fazer fuxico, e eu não vou pra rádio hora nenhuma fazer fuxico”, diz a voz.

Na nota pública, a Associação Cajazeirense de Imprensa disse que a diretora do HRC tem “repulsa com a imprensa local” e está “sempre recusando entrevistas ou declarações relacionadas ao funcionamento daquela casa de saúde”.

“A Associação Cajazeirense de Imprensa – ACI vem ser solidária com todos os profissionais radialistas e imprensa local, repudiando esse desrespeito com a categoria”, afirma a entida, que também cobra providências do secretário de Saúde do Estado para “garantir uma relação amistosa entre a imprensa e o HRC”, afirma um trecho da nota.

Jacylene Eduardo de Sousa, diretora do Hospital Regional de Cajazeiras (Foto Arquivo Pessoal)

No programa Olho Vivo, o radialista Jota França, preseidente da ACI, contou que Jacylene não goza de uma boa relação com a imprensa cajazeirense e não atende radialistas que desejam entrevistá-la ou colher alguma informação sobre o hospital.

“Infelizmente, a diretora demonstrou, desde quando chegou aqui, que não gosta da imprensa. Não sei por que, se é com toda a imprensa. Mas, alguns companheiros já procuraram ela para prestar informação e ela omite, rejeita, não quer, a ponto desse áudio vazar nada mais do que a sua visão com respeito à imprensa de Cajazeiras. Nossa importância não vai se diminuir a uma declaração dessa. Nós temos que repudiar esse tratamento. Pedimos providência aos seus superiores, porque com todos os diretores do Hospital Regional de Cajazeiras nós mantivemos uma relação de amizade, uma relação recíproca de interesses.”

Wilson Furtado, um dos mais tradicionais radialistas de Cajazeiras, conta que ficou “estarrecido” quando ouviu o áudio. Furtado cobra da diretora do HRC uma retratação pública.

“Eu preciso afirmar para a diretora do HRC que ela possa se retratar diante de tal fato, porque a imprensa de Cajazeiras é conhecida pelas suas lutas e pelas suas glórias (…). Nós jamais imaginávamos que um agente público pudesse se comportar dessa forma. Se ela quer fazer o enfrentamento, tudo bem. Nós estamos, dentro das nossas responsabilidades, pautados para exercermos nosso mister de radialista e jornalista, mas de forma respeitosa. Ela foi muito infeliz quando generalizou e classificou as rádios de Cajazeiras, que têm um trabalho de luta muito forte.”

O Diário do Sertão tentou falar com a diretora do HRC, mas as ligações não foram atendidas e as mensagens de Whatsapp não foram respondidas até o fechamento dessa matéria. O espaço fica aberto para que ela se manifeste, se assim desejar. Nosso e-mail para nota é [email protected].

Nota de repúdio emitida pela Associação Cajazeirense de Imprensa

DIÁRIO DO SERTÃO

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