VÍDEO: Psicóloga fala sobre os mitos e verdades do que é ser mulher em nova coluna semanal na TVDS
Rosangela Macedo é psicóloga clínica há 27 anos, promove imersões do Despertar Consciencial e Feminino e destacou seu propósito de empoderar todas as mulheres
Na estreia da nova coluna semanal do programa Diário News, ‘Mulher Plena’, a psicóloga Rosangela Macedo falou sobre os mitos e verdades do que é ser mulher. Rosangela é psicóloga clínica há 27 anos, promove imersões do Despertar Consciencial e Feminino, é graduada pela Universidade Federal Fluminense Niterói, Rio de Janeiro, pós-graduada em Psicologia Médica pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, psicologia transpessoal pelo Instituto da Pessoa (RJ) e Psicologia Analítica pelo Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa (IJEP) de São Paulo.
Diretamente da Chapada dos Veadeiros, Goiás, a psicóloga falou sobre a conexão com a natureza e citou o “banho de floresta”, técnica que, segundo ela, ‘cura depressão, ansiedade, diabetes’ e que foi descoberta no Japão.
Rosangela destacou seu papel dentro da nova coluna e que seu propósito é empoderar todas as mulheres. “Vou trazer a consciência e a importância do feminino, do resgate do feminino nessa sociedade tão patriarcal”, afirmou a psicóloga.
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Ela disse que a casta humana (diferentes formas de organização social por grupos) está em desequilíbrio devido a falta do “princípio feminino na consciência, na psique de toda humanidade”, que há uma unilateralidade do princípio masculino na sociedade.
“O mundo está bélico, porque há uma unilateralidade do princípio masculino. O princípio masculino é muito importante, mas ele está distorcido, porque há muitos séculos vem predominando”, afirmou.
A psicóloga explicou a diferença entre homem e princípio masculino, mulher e princípio feminino. Segundo ela, homem e mulher se refere ao gênero que ‘é uma coisa aprendida, cultural e que depende do meio’ em que o indivíduo está inserido. Já sobre os princípios masculino e feminino, Rosangela disse que está relacionado a natureza, ou seja, ‘algo que está no todo, em toda humanidade’. Ela citou algumas das características que diferem os princípios masculino e feminino.
“O princípio feminino tem a ver com essa coisa da delicadeza, da gentileza, do mistério, do profundo, da conexão com essa coisa do subjetivo, do inconsciente, tem a ver com saber receber, acolher, tudo que é ligado a arte, cultura e principalmente sentimento, que é o arquétipo principal do princípio feminino”, explicou a terapeuta.
Sobre as características do princípio masculino ela pontua a “expansão, a exploração, a investigação, o poder, a força, o abrir fronteiras, a racionalidade, a ciência” e afirmar que todos os humanos precisam ter os dois princípios.
Mitos sobre a mulher
Rosangela Macedo esclareceu alguns mitos que existem sobre o que é ser mulher e “o que é ser mulher numa sociedade patriarcal, numa sociedade que há séculos vem sendo marcada pela unilateralidade masculina, do princípio masculino”.
Ela falou sobre o fato de as mulheres serem taxadas como ‘sexo frágil’, a psicóloga afirma que não é verdade, pois, segundo ela, “a mulher tem também integrado o princípio masculino”. A psicóloga também refutou afirmações de que ‘mulher dirige mal’ e que ‘mulheres são rivais’, segundo ela, no trânsito a cada 10 acidentes com morte nove são causadas por homens e apenas uma por mulheres e afirma: “Homens matam mais que mulheres no trânsito”. Sobre a ‘rivalidade’ feminina ela aponta como um mito, pois as mulheres são “irmãs de séculos de sofrimento” que veem sobrevivendo há anos de silêncio, domínio e submissão.
Rosangela disse que mitos como esses são arrastados por séculos e que as mulheres acreditam e se submetem a essa cultura do patriarcado e que o princípio feminino foi excluído da sociedade e hoje vive em uma distorção por conta da unilateralidade do princípio masculino.
“As mulheres ficaram a margem, durante todos esses séculos, as mulheres foram coisificadas, as mulheres estão submetidas ao princípio masculino, perdemos essa igualdade, essa harmonia, esse movimento de balança que precisamos ter com o princípio masculino e feminino”, disse a psicóloga.
O resgate do feminino
“É um processo. A primeira coisa que a gente trabalha com essa mulher é o amor próprio. A gente perdeu esse olhar de empatia com a nossa própria dor…a gente está habituada a olhar só para o outro, a atender só a necessidade do outro e ser a última da nossa lista e eu falo, seja o amor da sua vida, faço tudo por amor a você”, ressaltou.
Rosangela Macedo falou sobre o resgate do feminino e a pergunta ‘bússola’ que ensina as mulheres com quem trabalha: “É por amor a mim?”.
“Quando eu faço as coisas por amor a mim eu vou inteira, ou seja, eu estou plena. O que eu chamo da ‘mulher plena’ é isso, eu estou alinhada com a minha verdade, alinhada com os meus princípios, não submetida, mas fazendo aquilo que tem a ver com a minha essência e não só para agradar o outro”, destacou a terapeuta.
Ela disse que a submissão das mulheres nas relações impende muitas de descobrirem os próprios prazeres. “Quantas mulheres não sabem o que é ter um orgasmo, quantas mulheres não sabem dar lugar ao seu próprio prazer nos relacionamentos, elas são habituadas a dar prazer ao outro, a servir ao outro, então resgatar o amor próprio é regatar tudo isso”, afirmou Rosangela.
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