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VÍDEO: Carreata pede liberação dos paredões de som no Carnaval de Cajazeiras; foliões se revoltam em protesto

Em entrevista à TV Diário do Sertão, Pedro Vinicius que é proprietário de um paredão disse haver incoerência na proibição do som automotivo, já que no período eleitoral os políticos realizaram vários evento com os paredões, sem nenhum impedimento

Por José Dias Neto

12/02/2023 às 01h15 • atualizado em 12/02/2023 às 02h46

Proprietários de sons automotivos, denominados popularmente como ‘paredões de som’, realizaram nesta sexta-feira (10), um protesto pelas principais ruas e avenidas da cidade de Cajazeiras pedindo a liberação dos equipamentos automotivos no período do Carnaval 2023.

Com a alegação de que ‘Carnaval sem paredão não é carnaval’, os foliões cobram sensibilidade das autoridades, já que ao longo dos anos com a ‘febre’ do som automotivo, os paredões se tornaram uma atração à parte do carnaval de Cajazeiras. Tanto que a praça Major José Marques, no centro, ao lado do ‘Corredor da Folia’, que reunia os principais blocos passou a se chamar ‘Praça dos Blocos’, por ser o local aonde começou haver a concentração dos paredões, se consolidando a cada ano.

Em entrevista à TV Diário do Sertão, Pedro Vinicius que é proprietário de um paredão disse haver incoerência na proibição do som automotivo, já que no período eleitoral os políticos realizaram vários evento com os paredões, sem nenhum impedimento.

Proprietários de paredões em Cajazeiras se manifestam. Foto: Diário do Sertão

”A gente sempre brincou lá com o paredão e agora eles querem proibir. Na campanha 2022 era subindo e descendo, eles eram atrás ligando pra gente e num tinha problema nenhum e agora esse espaço que a gente quer curtir nosso som não pode”, disse.

De acordo com os manifestantes uma reunião que ocorreu recentemente envolvendo as autoridades teria definido que os paredões deveriam seguir normas e não poderiam ultrapassar 85 decibéis.

”85 decibéis tem condições não. Uma celular tocando dá mais que isso”, lamentou o dono do paredão.

Som automotivo. Foto: Reprodução da internet

O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO?

O acessório deve seguir a legislação específica dentro do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No caso do descumprimento da lei, o proprietário do veículo está sujeito a sanções que, muitas vezes, podem pesar no bolso mais do que o aparelho sonoro ou as modificações.

Por exemplo, conforme o artigo 228 do CTB, o volume ou a frequência do som automotivo precisam ser autorizadas pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito). E o descumprimento desses limites é infração grave, sujeita à multa.

A perturbação do sossego alheio é uma contravenção penal contra a paz pública, punida com prisão simples, de 15 dias a três meses ou multa. Além disso, quem é flagrado fazendo abuso de volume de som pode ser conduzido diretamente para a delegacia.

DIÁRIO DO SERTÃO

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