VÍDEO: Após 7 meses, pais de Ananda Vitória dizem que não receberam laudo da causa morte e fazem apelo
A morte de Ananda, 3 anos, virou caso de polícia porque a equipe médica que atendeu ela no HUJB, em Cajazeiras, constatou lesões em partes íntimas e acionou a Polícia Civil, que abriu inquérito para investigar
Sete meses se passaram e o laudo médico que confirma a causa da morte da criança Ananda Vitória, 3 anos, ainda não foi revelado pelas autoridades competentes em Cajazeiras.
Ananda faleceu em abril deste ano no Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB) após dar entrada em estado grave. Na época, a médica Leila Lima disse à TV Diário do Sertão que a criança deu entrada com “insuficiência respiratória e uma série de outras comorbidades percebidas durante a recepção”.
A morte de Ananda virou caso de polícia porque a equipe médica que atendeu ela constatou lesões em partes íntimas do corpo, por isso o hospital acionou a Polícia Civil, que abriu um inquérito para investigar. É justamente por causa desse inquérito em aberto que o laudo ainda não foi entregue à família. Sete meses se passaram, e a TV Diário do Sertão foi até o sítio Cambito, no município de Triunfo, falar com os pais de Ananda.
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O agricultor Francisco Cesário, pai de Ananda, contou que, além da saudade da filha, ele tem que lidar com a desconfiança das pessoas que pensam que ele está escondendo o laudo, por ser suspeito de abusar da criança.
“O povo me procura por resposta e eu não sei nem o que dizer, porque eu esperava uma resposta até rápida, mas a gente não consegue. O povo fica só questionando que a gente fica escondendo o laudo, e a gente fica sem chão. Não é fácil, a dor é grande. Eu só queria uma resposta, saber o que aconteceu com minha filha”, diz ele, emocionado.
A mãe, Ana Paula, também lamenta a situação. “Mais difícil é ouvir os comentários, que a gente já está com o laudo e está escondendo. A gente não sabe, realmente, nada, nada mesmo”, enfatizou.
O quarto de Ananda segue intacto, com as roupinhas e os brinquedos. Ana Paula promete lutar por justiça se o desfecho do inquérito revelar que a criança sofreu algum tipo de violência.
“A gente só quer saber desse laudo, o que foi que aconteceu com minha filha, o porquê dela, em dois dias, ter nos deixado assim. Eu peço justiça por minha filha e o laudo dela para nós saber, realmente, o que foi que aconteceu com ela”, diz a mãe, aos prantos.
Respostas das entidades
Uma funcionária do Instituto de Polícia Científica (IPC) em Cajazeiras disse à reportagem que o caso segue em sigilo policial. Já o HUJB avisou que vai consultar o Ministério Público para saber se tem autorização para falar sobre o assunto. Contudo, o hospital reiterou que no dia do atendimento, foram realizados os trâmites legais e cabíveis, e que o processo acerca do laudo deve ser acompanhado pela família junto ao IML.
DIÁRIO DO SERTÃO
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