VÍDEO: Debate com candidatos ao Senado tem foco no sertão, mas também é marcado por troca de acusações
Debate nos estúdios da TV Diário do Sertão, em Cajazeiras, teve as presenças de Ricardo Coutinho (PT), Pollyanna Dutra (PSB), Alexandre Soares (PSOL), Efraim Filho (União Brasil) e Pastor Sérgio Queiroz (PRTB)
A TV Diário do Sertão, em parceria com um consórcio de veículos de comunicação, realizou o debate com candidatos ao Senado, na noite desta quinta-feira (15), com as presenças de Ricardo Coutinho (PT), Pollyanna Dutra (PSB), Alexandre Soares (PSOL), Efraim Filho (União) e Pastor Sérgio Queiroz (PRTB).
Faltaram ao debate: André Ribeiro (PDT); Bruno Roberto (PL) e José Pessoa (PCO). Eles justificaram que as ausências foram “por motivos de força maior”.
O debate foi transmitido através das plataformas da TV Diário do Sertão (YouTube, Facebook, Canal 3 Netline, portal Diário do Sertão), 21 emissoras de rádio, 53 portais das regiões, além da TV Agreste.
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Os candidatos discutiram temas importantes para a Paraíba, mas aconteceram também momentos de troca de acusações. Efraim Filho foi o alvo mais apontado pelos adversários por estar ligado à base do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O primeiro bloco foi de apresentações e o quinto e último bloco foi para considerações finais.
MELHORES MOMENTOS DO DEBATE
Segundo bloco
Pastor Sergio x Pollyanna
O primeiro bloco, com perguntas entre eles em tema livre, começou com o Pastor Sergio Queiroz acusando o Governo do Estado de não ter iniciativas para aproveitar as águas da transposição do Rio São Francisco no sertão. Pollyanna respondeu que o pastor desconhece a realidade da região e frisou que o governo Bolsonaro executou apenas 4% da obra. Em seguida, Pollyanna afirma que o Estado vai possibilitar projetos para irrigação, mas ela ressalta que antes precisa reivindicar em Brasília a liberação de mais vazão da água, pois a atual vazão não é suficiente para esse fim.
O pastor, po sua vez, diz que conhece a realidade dos perímetros irrigados, por ser engenheiro civil, e citou a necessidade de novas tecnologias que facilitem empreender com a transposição, assim como a necessidade de titulação das terras de famílias que moram nesses setorers para que elas possam utilizar a água.
Ricardo x Efraim
Ainda nesse bloco, Ricardo Coutinho indagou a Efraim Filho por que ele votou contra o Auxílio Emergencial Permanente. Efraim respondeu que votou a favor da implantação do auxílio na pandemia e aumento do valor. Ricardo insistiu afirmando que seu adversário foi contra o Auxílio Permanente, a favor do teto de gastos, da reforma da previdência e da privatização da Eletrobras. Efraim acusou Ricardo de espalhar fake news e ressaltou ter votado a favor da implantação do piso nacional da enfermagem e do aumento para professores.
Bastidores do debateTerceiro bloco
Perguntas de jornalistas
O terceiro bloco, com perguntas feitas por jornalistas e radialistas parceiros, começou com o radialista Clinton Medeiros, da Rádio Solidaria FM, perguntando sobre propostas para reduzir carga tributária e desburocratizar a abertura de pequenas empresas no sertão. A pergunta foi respondida pelo Pastor Sergio Queiroz.
F. de Assis, da Rádio Conceição FM, pediu propostas para viabilizar o terceiro eixo da transposição do Rio São Francisco na região do Vale do Piancó. A pergunta foi respondida por Pollyanna.
José Leite, da Rádio FM Cidade, indagou a respeito da PEC que pode acabar com reeleição e aumentar mandato de 4 para 5 anos. A pergunta foi respondida por Ricardo Coutinho.
Cleiton Amorim, da Rádio Mais FM, perguntou se os candidatos têm projetos para os hospitais públicos de Cajazeiras, sobretudo para o Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB). A pergunta foi respondida por Alexandre Soares.
José Dias Neto, do Sistema Diário do Sertão, pergunta se há intenção dos candidatos em viabilizar a implantação de voos comerciais no aeródromo de Cajazeiras. Pergunta respondida por Efraim.
Quarto bloco
Ricardo x Efraim
No quarto bloco, Ricardo Coutinho e Efraim Filho voltaram a se enfrentar. Agora Ricardo pergunta ao seu adversário por que ele votou a favor do congelamento de salários dos servidores públicos na pandemia. Efraim alegou que o “orçamento de guerra” aprovado no Congresso em caráter de urgência devido à pandemia fez o país “assumir receitas e despesas diferenciadas”. Depois, reitera que foi a favor do piso da enfermagem e aumento para os professores.
Ricardo replicou afirmando que Efraim só vota a favor de matérias cuja aprovação é consenso para todos no Congresso, mas se posiciona contra os trabalhadores. Em seguida, diz que Efraim Filho não é ‘foguete’, mas sim um ‘míssil de destruição’. Na tréplica, Efraim acusa Ricardo de ter ido ao debate apenas para fazer fake news.
Pollyanna x Efraim
Na sequência do quarto bloco, Pollyanna Dutra pergunta ao candidato Alexandre Soares o que ele acha dos cortes do governo Bolsonaro no Farmácia Popular e o “orçamento secreto” distribuído entre parlamentares do “centrão”. Na resposta, Soares diz que Efraim Filho teve acesso à verba do “orçamento secreto”, e Pollyanna completa afirmando que Efraim recebeu mais de R$ 20 milhões, que seriam da UFPB, para bancar campanha e fazer “balcão de negócios” nas prefeituras.
Após essa fala, a assessoria de Efraim pede à banca julgadora direito de resposta e o pedido é deferido. Na resposta de um minuto, Efraim diz que o município de Pombal, terra de Pollyanna, conhece o passado da candidata. Depois ele afirma que Pollyanna teve contas rejeitadas pelo TCE para devolver cerca de R$ 700 mil aos cofres públicos.
Pollyanna x Alexandre
Ainda no bloco, Alexandre Soares pergunta a Pollyanna Dutra como ela lida com o fato de haver ‘bolsonaristas’ no atual grupo político dela. Na resposta, Pollyanna diz que na atual conjuntura nenhum partido do campo progressista tem legitimidade para condenar alianças, pois o momento pede que haja somatória de forças para derrotar Bolsonaro, e para isso é preciso fazer “coligações necessárias” (ela cita a aliança entre PT e MDB nacional como exemplo). Por fim, a candidata diz que não tem ‘desvio’ na sua conduta política e ideológica. Alexandre, por sua vez, alega que PSOL tem legitimidade para condenar as alianças porque “não anda com bolsonaristas a tira-colo”.
Pastor Sergio x Ricardo
O quarto bloco finaliza com Pastor Sergio Queiroz perguntando a Ricardo Coutinho o que ele tem a dizer sobre os “excessos” do Supremo Tribunal Federal (STF) e a atuação de senadores com pendências na Justiça Eleitoral. Ricardo diz que defende uma reforma no sistema judiciário, mas elogia a atuação do STF na defesa da democracia e no combate às fake news. Em seguida, faz críticas à Lava Jato, ao passo que Alexandre defende reforma política.
DIÁRIO DO SERTÃO
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