Homem que profanou túmulo de um dos maiores benfeitores de Itaporanga é condenado a dois anos de prisão
O juiz Antônio Eugênio entendeu que houve crime no caso e considerou de grave reprovação, tendo em vista que foi praticado em virtude de túmulo de autoridade religiosa de reconhecido serviços prestados para população
O juiz Antônio Eugênio, da 1ª Vara Mista de Itaporanga, condenou um homem de 33 anos, a uma pena de dois anos de reclusão por profanar a sepultura onde estão guardados os restos mortais do monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho, popularmente conhecido como Padre Zé, um dos maiores benfeitores da região do Vale do Piancó.
No dia 3 de junho de 2021, o réu gravou um vídeo desrespeitando o túmulo do sacerdote. Nas imagens divulgadas na redes sociais, o homem aparece deitado em cima do sepulcro, que fica localizado abaixo da estátua do Cristo Redentor de Itaporanga, dizendo que o referido padre só “soube levar chifre e pedir dinheiro”. O réu, em forma sarcástica, também colocou dinheiro no local em que é posto para arrecadar doações de fiéis, com a finalidade de ridicularizá-lo.
Após o ocorrido, a Promotoria de Justiça Cumulativa de Itaporanga apresentou denúncia penal contra o homem, que na ocasião estava respondendo por homicídio e tráfico de drogas, porém encontrava-se em regime semiaberto.
No documento, o Ministério Público pediu obrigação de reparação pelos danos morais coletivos causados e pagamento de multa no valor de R$ 40 mil.
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Diante dos fatos apresentados, o magistrado entendeu que houve crime no caso e considerou de grave reprovação, tendo em vista que foi praticado em virtude de túmulo de autoridade religiosa de reconhecido serviços prestados para população local e região.
Dessa forma, Antônio Eugênio fixou a pena de prisão e 185 dias-multa, à base de 1/30 do salário-mínimo vigente à época do fato, em face da situação econômica do réu.
QUEM É PADRE ZÉ
O monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho (24/05/1924 – 19/09/2006), natural de Cajazeiras, foi vigário de Itaporanga por mais de cinquenta anos, onde construiu diversos monumentos, a exemplo da estátua do Cristo Redentor e o Colégio Diocesano Dom João da Mata.
Criou também a gráfica monsenhor José Sinfrônio, a Filarmônica Cônego Manoel Firmino, ampliou a Igreja Matriz, criou a casa do menor São Domingos Sávio, conseguiu a energia elétrica e a telefonia para Itaporanga, a abertura do Hospital Distrital, entre tantas importantes ações.
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