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VÍDEO: Açude Grande de Cajazeiras volta a sangrar, e moradores comemoram: “É uma riqueza”

Quando sangra, o tradicional Açude Grande, localizado no Centro de Cajazeiras, despeja sua água no canal, que segue para o Rio do Peixe e pontos adjacentes

Por Jocivan Pinheiro

13/03/2022 às 11h02 • atualizado em 13/03/2022 às 11h53

Após as chuvas que caíram em Cajazeiras entre a sexta-feira (11) e este domingo (13), o Açude Grande voltou a sangrar. A última vez que isso aconteceu foi no dia 3 de janeiro deste ano. Na sexta, um morador registrou a sangria e comemorou.

De acordo com os registros pluviométricos da EMPAER (Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária), a chuva que caiu entre sábado e domingo foi de apenas 2,6 mm. Mas o acumulado do ano já chegou a 673,8 mm.

Quando sangra, o Açude Senador Epitácio Pessoa, mais conhecido como Açude Grande, localizado no Centro de Cajazeiras e que abrange parte das zonas Norte e Sul, despeja sua água no canal, que segue para o Rio do Peixe e adjacências.

Segundo historiadores, Cajazeiras se desenvolveu ao redor de um açude de pequeno porte que foi construído em 1804, dentro da propriedade de Ana Francisca de Albuquerque e Vital de Souza Rolim, pais do Padre Inácio de Souza Rolim.

Em 1915, devido à seca que assolou o Nordeste brasileiro, o Governo Federal, através da Inspetoria de Obras Contra as Secas, atual Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, reformou e ampliou o reservatório, que passou a se chamar Açude Grande.


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Luta pela revitalização

Durante décadas o manancial foi fonte de coleta de água e pesca de peixes para consumo humano. Mas hoje em dia isso é inviável por causa do fluxo de lançamento de esgotos e de pontos de contaminação.

Para tentar despoluir o manancial, um grupo de pessoas fundou o Fórum Açude Grande, que busca conscientizar os moradores e pressionar Estado e políticos a fim de garantirem recursos financeiros para o projeto.

Em fevereiro de 2021, equipes da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA), da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER) e da Polícia Ambiental realizaram a demarcação da Área de Preservação Permanente (APP) do açude. De lá para cá, nada mais foi feito.

DIÁRIO DO SERTÃO

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