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VÍDEO: Myrian Gadelha diz que o prefeito de Sousa ‘não é só agressor de mulheres, é agressor do povo’

A advogada afirmou que já superou os traumas físicos e psicológicos da agressão sofrida em 2018, mas que o prefeito continua sendo violento com o povo de Sousa

Por Luis Fernando Mifô

06/08/2020 às 15h55 • atualizado em 06/08/2020 às 16h01

Na madrugada do dia 9 de dezembro de 2018, a advogada Myrian Gadelha prestou queixa na delegacia de Sousa após ser espancada pelo prefeito Fábio Tyrone, que na época era seu companheiro. Exame de corpo de delito constatou hematomas no rosto e nos membros da advogada. Um ano e meio depois, Myrian volta a falar sobre o caso no programa Olho Vivo da TV Diário do Sertão.

A advogada diz que já superou os traumas físicos e psicológicos da agressão, mas que o prefeito continua sendo violento com o povo de Sousa através da sua maneira de administrar o município.

“Eu fui vítima de um ato de violência física por parte do prefeito de Sousa, o que mostra o desrespeito dele pelas pessoas. Não é o primeiro ato de violência que ele pratica contra uma mulher nem contra pessoas próximas a ele. Nós sabemos que ele é uma pessoas violenta, uma pessoa perigosa. Então, colocando por essa perspectiva, acredito que o povo de Sousa está sujeito a violências diárias”, disse a advogada.

“É algo que eu gosto de colocar que aconteceu porque eu tenho em minha mente que ninguém pode ser um bom gestor se antes não for uma boa pessoa. Você só pode ser um bom gestor se você for uma pessoa que tem empatia pelo próximo, pelas pessoas com quem você convive. Se você é uma pessoa agressiva, violenta, você não vai conseguir cuidar de uma cidade. Tanto é verdade que nós estamos vendo o que está se passando na cidade. São situações de violência”.

VEJA TAMBÉM: Advogada que foi espancada pelo prefeito de Sousa é impedida de falar em sessão especial do Dia da Mulher na Câmara Municipal

Myrian Gadelha e Fábio Tyrone, quando viviam juntos

Myrian Gadelha falou que superou os traumas com ajuda da família e de terapias, mas lamenta o fato de que muitas mulheres são obrigadas pelas circunstâncias a continuar vivendo com seus agressores. Ela ressalta que a vereadora Bruna Veras (Pros) já requereu várias vezes um abrigo para mulheres vítimas de violência durante a pandemia, mas não foi atendida pelo prefeito.

“As mulheres que passam por isso sabem da dificuldade porque não são só as cicatrizes físicas que ficam, mas são cicatrizes psicológicas. Tive que passar por um processo de terapia, não foi fácil as marcas que ele conseguiu deixar em mim, mas tive muito apoio da minha família. Sei que muitas mulheres que passam por isso não têm esses mesmos privilégios, às vezes são obrigadas a ficar com esses companheiros”.

DIÁRIO DO SERTÃO

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