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VÍDEO: Advogado diz que Porta dos Fundos questiona valores morais e que o Brasil é um país hipócrita

Para o advogado, quando se fala em arte e liberdade de expressão temos que ter em mente que somos um estado laico e democrático

Por Tanammy Freire

27/12/2019 às 18h10 • atualizado em 27/12/2019 às 18h17

O advogado e professor de Direito Civil Hebert Melo falou no programa Xeque-Mate, da TV Diário do Sertão, sobre o polêmico filme “A Primeira Tentação de Cristo”, especial de Natal da produtora Porta dos Fundos em parceira com a Netflix. Na ocasião ele defendeu a liberdade de expressão nas artes.

Para o professor, quando se fala em arte e liberdade de expressão, temos que ter em mente que, pela Constituição, não somos uma teocracia, mas sim um estado laico e democrático.

O advogado falou que a Porta dos Fundos é um grupo de humor que faz paródia ao que acontece no cotidiano. Ele ainda acrescentou que a produtora usa do humor para questionar valores presentes na sociedade.

“A Porta dos Fundos faz paródias e brincadeiras e nelas questionam valores. O Brasil é um país extremamente hipócrita, preconceituoso, homofóbico e machista. No filme a produção tenta traduzir isso em forma de ironia”, disse o professor.

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Citando momentos em que o atual presidente Jair Bolsonaro teria feito apologia a armas em celebração religiosa, o advogado comparou o limite de tolerância das pessoas e a contradição de julgamentos.

“As pessoas ficam indignadas com isso, mas não ficam com o presidente, que vai para um palanque em uma celebração religiosa e o tempo todo faz gestos de arminha com a mão. Eu não sei se isso é mais vergonhoso para o Brasil, internamente e externamente, ou para o cristão que se diz cristão”.

Para concluir, ele falou que toda essa polêmica em torno da retratação de Cristo no especial produzido pela Porta dos Fundos é desnecessária. E ainda ressalta que apesar de não afirmar que a produção é de bom gosto, a crítica dos costumes feita por ela deve ser respeitada.

Redação DIÁRIO DO SERTÃO 

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