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VÍDEO: Igualdade de direitos entre brancos e negros é mito, afirma ativista social de Cajazeiras

Maglandyo da Silva Santos fala sobre consciência negra e deixa mensagem de resistência à comunidade

Por Luis Fernando Mifô

21/11/2018 às 15h14 • atualizado em 21/11/2018 às 15h18

Ator, bailarino, monitor de creche e ativista social formado em Geografia pela UFCG de Cajazeiras, Maglandyo da Silva Santos é um dos milhões que representam a luta diária dos negros brasileiros para superar os obstáculos de uma sociedade racista.

Figura constante nas manifestações sociais de rua por melhores condições para a classe trabalhadora ou protestando contra governos opressores, Maglandyo está sempre pesquisando sobre a história dos negros no Brasil e no mundo, e muitas vezes transformando seu conhecimento em ação social e arte.

No Dia Nacional da Consciência Negra, ele contou um pouco da sua história e falou sobre essa data importante em uma reportagem especial da TV Diário do Sertão.

“Pensar a consciência negra é pensar que nós negros temos que ter consciência de quem somos, mas também que a pessoa não negra tem que respeitar nossa posição, nosso lugar e saber que ela tem privilégios que a gente, como negros, não tem. Então, pensar a consciência negra é pensar uma questão étnica mais ampla do que apenas o ‘eu negro’ que tem dificuldades para inserção na universidade, no mercado de trabalho como um todo”, afirma o jovem.

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Maglandyo da Silva Santos

Filho de um casal de vendedores de salgados – a mãe faleceu em 2016 de câncer -, Maglandyo faz questão de manter um largo e contagiante sorriso no rosto apesar das dificuldades.

“Os desafios são muitos porque a todo momento a gente tem que estar se provando, mostrando que tem que ser o melhor. As vitórias são muitas. A gente tem alguns avanços, mas também existe muito mito de uma igualdade, de que a gente teria os mesmos direitos que as demais populações e a gente não tem. Muitas coisas nos são negadas e às vezes ficam naquela: ah, vocês estão se vitimizando. Mas é muito mais do que isso”, ressalta.

“A gente tem que ser a resistência de dizer que não, que a sociedade vai ter que aceitar a gente como nós somos, de nos entendermos bonitos assim. Então, eu trago essa palavra de resistência, de valorização do nosso ser negro, da nossa beleza”, completa.

DIÁRIO DO SERTÃO

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