Cajazeirense dono de transportadora apoia caminhoneiros, mas espera por desmobilização essa semana
Arlan Rodrigues é presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga da Paraíba (SETCEPB)
O empresário cajazeirense Arlan Rodrigues, que é proprietário de uma empresa de transporte de carga e presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga da Paraíba (SETCEPB), espera que a greve nacional dos caminhoneiros chegue ao fim nesta semana, após o Governo Federal anunciar que atendeu às reivindicações da categoria.
Em entrevista à Rádio Diário do Sertão, Arlan disse ser a favor das reivindicações da categoria, mas demonstra preocupação com a situação em que chegou o país por causa da greve. Com o anúncio do Governo Federal, o empresário torce para que todos os caminhoneiros se desmobilizem.
“No nosso caso, as empresas de transporte de carga, a gente espera que a partir dessa semana aconteça essa desmobilização com as medidas anunciadas pelo Governo Federal”, disse (ouça a entrevista completa no final da matéria).
No entanto, apesar do anúncio do governo, a greve continuou nesta segunda-feira, 8º dia de protestos. Para Arlan, a falta de unidade e de vínculo sindical entre os caminhoneiros autônomos talvez esteja dificultando a desmobilização total do movimento para que o país volte ao normal.
“Na verdade o que há é que o caminhoneiro autônomo não tem vínculo com nenhuma dessas entidades. Por não haver esse vínculo, acaba não tendo, essas entidades, uma liderança sobre eles e a coisa fica meio que pulverizada. Em cada ponto de bloqueio alguém assume a liderança e toma decisões individuais ou coletivas naquele âmbito, e principalmente usando as redes sociais”.
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Apoio das empresas
Apesar de reconhecer a greve como uma manifestação do profissional caminhoneiro, Arlan Rodrigues destaca que as empresas de transporte são sensíveis ao movimento porque, na sua avaliação, elas sofrem o mesmo impacto econômico provocado pelo aumento dos preços dos combustíveis e outros problemas.
“O preço do óleo diesel que atinge o caminhoneiro também atinge a transportadora de forma absolutamente igual. O preço do pedágio que é cobrado nas rodovias também atinge as empresas. Isso tudo é compartilhado com esse parceiro principal que é o caminhoneiro”.
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Sem bandeira política
O empresário avalia que duas lições principais ficarão deste momento histórico. A primeira é a importância do caminhoneiro para a economia e a ordem do país. A segunda é que, na sua opinião, essa não foi uma manifestação de “bandeiras políticas”.
“Como lição primeira, a constatação daquilo que todo mundo já sabia, que sem caminhão o Brasil para. Isso não tem bandeira de esquerda, bandeira de direita, bandeira partidária. Isso é uma luta do Brasil para que dê condições mínimas de trabalho a esses profissionais que há décadas vem sofrendo com esses problemas”.
Ouça a entrevista completa na Rádio Diário do Sertão
DIÁRIO DO SERTÃO
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