Professsor Damacena

Na semana em que comemoramos o Dia dos Professores, a sua sessão Entrevista excepcionalmente se chamará “ENTRE ASPAS”. Isso porque o Diário do Sertão tem o orgulho de homenagear um dos maiores educadores cajazeirenses dos últimos anos.

Nada menos que o ilustre filho da terra e que também faz parte da história dos que ensinam a Paraíba a ler, Professor Francisco Damacena, que, em entrevista à nossa reportagem, nos presenteou com essas palavras que a partir de hoje passam a fazer parte das valiosas pérolas nos arquivos do nosso portal. Nós da redação e vocês leitores agradecem a esse mestre.

“O educador é o grande agente do processo educacional. Ele é, na verdade, o grande responsável pela construção do progresso da humanidade. A grande celeuma educacional está no afeto. A alma de qualquer instituição de ensino é o educador. Por mais que se invista nas equipagens das escolas: laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol, tudo isso se configura apenas como aspectos materiais comparados ao papel e a importância do professor.

Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor, só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do magistério, os que são meros informantes, os que são meros informadores desprovidos de emoção. Professor é muito mais que isso. Professor tem luz própria. Não é possível que ele fale de liberdade sem experimentar a conquista da independência que é o saber. Que queira que seu aluno seja feliz, sem que ele demonstre afeto.

Professor é cheio de afeto, mas infelizmente vivemos num país onde a nossa classe não é valorizada.

Há quem diga que hoje não há muito que comemorar. Eu digo que há, e há muito, porque na verdade nossa educação tem mudado de forma significativa porque ainda há professores muito empenhados nisso.

Eu não tenho mais como voltar às salas de aula. Isso é uma utopia. E às vezes eu me pego sonhando dando aula. Mas são apenas sonhos.”

Professor Damacena é ex-diretor do extinto Colégio Diocesano Padre Rolim.
Hoje aposentado e impossibilitado de lecionar por causa de problemas cardíacos.

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