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Fabiano comenta a política de CZ

Ele avalia cassação de Cássio e fim da era Carlos Antonio

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26/12/2008 às 12h58

“A cassação de Cássio foi criada nos corredores do TRE”, disse o radialista cajazeirense Fabiano Gomes, apresentador do programa Rádio Verdade da Rádio Arapuan de João Pessoa. Fabiano, que esteve em Cajazeiras e prestou entrevista à Rádio Arapuan FM, a principal responsável por transformá-lo em um dos mais populares radialistas do Alto Sertão e o catapultou para a capital, é um dos representantes da imprensa paraibana que defende com unhas e dentes a permanência do governador Cássio Cunha Lima no poder.

Para ele, quase nada do que foi relatado nos altos do processo do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) e aceito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Cássio foi provado. “O TRE-PB equivocou-se ao pensar que não existia uma lei permitindo que o governo distribuísse 35 mil cheques como foi feito”. A tal lei existe desde 2004, segundo o radialista.

Ainda segundo Fabiano Gomes, também não houve distribuição de cheques em público pelo governador durante a campanha, nem entrega de cheques através de cartas, fatos estes comprovados pela própria Justiça Eleitoral do Estado. Agora, somente com o pedido de revisão do processo feito pelo Ministro Carlos Aires, presidente do TSE, é que o caso começou a sofrer uma reviravolta a favor de Cássio Cunha Lima.

“A constituição diz que o poder emana do povo. Como é que apenas sete homens, que não são deuses, são de carne e osso como a gente, pode decidir quem governará um estado onde quase dois milhões de pessoas foram às urnas escolher seu governante? Eu acho que quem tem que governar o povo é quem o povo escolheu. Eu quero continuar acreditando que a cassação do governador Cássio foi um erro de percurso”, enfatizou.

Um olhar sobre o fim da era Carlos Antonio em Cajazeiras

Fabiano Gomes ficou conhecido também como um dos maiores defensores da administração de Carlos Antonio de Araújo em Cajazeiras. Porém, surpreendentemente, ele confessou estar bastante decepcionado com as últimas atitudes do ex-prefeito no final de sua gestão. Para ele, salários atrasados, caos na limpeza pública e desentendimentos com a Câmara Municipal podem manchar o que, segundo ele, foi o melhor governo da história da cidade.

Na sua opinião, Carlos Antonio estaria se vingando do povo cajazeirense pela “traição” sofrida por ele nas eleições para prefeito em 2008, quando o ex-prefeito estava certo de que seu candidato, o empresário Mario Messias, venceria seu adversário, Léo Abreu, mas foi surpreendido com a derrota. “A idéia de vingança é inaceitável, mas ao mesmo tempo não se pode condenar sete anos de uma ótima administração por causa de três meses”, ressaltou.

Da redação do Diario do Sertão

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