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Menina pula cerca e tem ombro cravado por ferro

Uma menina de 6 anos teve o ombro atravessado por uma grade, ontem, ao tentar pular o portão de casa, na Rua Frederico Menezes, em Campo Grande. Erika Messias de Souza estava sozinha com o irmão, de 10 anos, quando acordou e quis brincar no quintal, por volta das 7h. O pai das crianças, o […]

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26/03/2010 às 02h49

Uma menina de 6 anos teve o ombro atravessado por uma grade, ontem, ao tentar pular o portão de casa, na Rua Frederico Menezes, em Campo Grande. Erika Messias de Souza estava sozinha com o irmão, de 10 anos, quando acordou e quis brincar no quintal, por volta das 7h. O pai das crianças, o pintor Francisco Edinaldo de Souza, 31 anos, disse que havia saído uma hora antes para trabalhar.

Segundo ele, que é separado e tem a guarda dos filhos, a babá chegaria às 8h, como acontece todos os dias. “Ou eu trabalho para sustentá-los ou fico em casa, é uma escolha difícil. Foi um grande susto, graças a Deus só pegou no ombro. Mas vou fazer o possível para resolver a situação”, lamentou ele.

Francisco depôs na 35ª DP (Campo Grande) e pode ser indiciado por abandono de incapaz. A pena pelo crime é de até 16 anos de prisão. “Outras testemunhas vão ser ouvidas e apenas após a investigação saberemos qual a responsabilidade do pai”, afirmou a delegada Inez Maria de Oliveira.
Os bombeiros chegaram ao local pouco depois, alertados por vizinhos que ouviram os gritos da menina. Erika foi levada para o Hospital Rocha Faria com a grade atravessada no corpo e passou por cirurgia para retirada do objeto. Ela está em estável, mas permanece internada para observação, sem previsão de alta.

Segundo os médicos, se a grade tivesse atingido alguma veia ou artéria, a criança poderia até morrer vítima de hemorragia. “A princípio, não foi verificado nenhum tipo de lesão, felizmente, apesar do local que a grade pegou”, informou o diretor do hospital, Manoel Almir.

Vizinhos contam que garota tentou mesmo ‘feito’ antes
Esta não foi a primeira vez que Erika tentou pular o portão de ferro que separa o quitinete, onde mora com o pai e o irmão, dos vizinhos. Segundo Francisco, as crianças moram com ele há um ano e, logo que se mudaram, soube pelos moradores do prédio que a menina havia pulado o portão para brincar.

“Ela é muito arteira, não para quieta. Mas da outra vez, pelo que eu soube, usou uma cadeira para pular. Desta vez não. Eu sempre aviso para eles não fazerem isso que podem acabar se machucando, mas as crianças nunca escutam os pais”, lamentou ele . A mãe da criança não quis falar.

O Dia
Foto: Futura Press

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