Passageiro é expulso de avião após dizer que não voaria com pilota
Um passageiro foi expulso de um voo da companhia Trip Linhas Aéreas após dizer que não voaria com uma mulher pilotando o avião. O caso ocorreu na noite de sexta-feira (18) no aeroporto Tancredo Neves, em Confins, região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a empresa, a comandante do voo "convidou educadamente esse senhor a sair […]
Um passageiro foi expulso de um voo da companhia Trip Linhas Aéreas após dizer que não voaria com uma mulher pilotando o avião.
O caso ocorreu na noite de sexta-feira (18) no aeroporto Tancredo Neves, em Confins, região metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a empresa, a comandante do voo "convidou educadamente esse senhor a sair da aeronave".
O comentário do homem e o "convite" da pilota provocaram tumulto –os passageiros chegaram a vaiar o homem– e atraso na decolagem do Embraer 190.
"Após o tumulto causado, a Polícia Federal escoltou o passageiro para as dependências do aeroporto e a companhia seguiu com a programação normal", afirmou a Trip, em nota.
O voo 5348 decolou para Palmas (TO), com escala em Goiânia (GO), com atraso de uma hora. Quando o tumulto começou, já havia um atraso de 15 minutos.
A Trip disse que todas as suas funcionárias "são devidamente treinadas e qualificadas para desempenhar suas funções" e que "não tolera comentários ou atitudes preconceituosas que constranjam seus funcionários ou passageiros, sob qualquer justificativa".
O nome do passageiro e da comandante não foram revelados pela empresa.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Gelson Fochesato, lamentou o caso. "Temos mulheres pilotas há mais de 40 anos. Nunca houve nenhum tipo de discriminação ou questionamento a respeito disso. Esse passageiro chegou de Marte ontem e não sabe o que está fazendo. Nem empresa aérea de mundo árabe tem esse tipo de coisa. Nós repudiamos essa postura e incentivamos que mulheres venham a somar na aviação brasileira", afirma.
Segundo Fochesato, ao menos cem mulheres atuam como comandantes de voos no Brasil. "É um número relativamente alto e que tem crescido cada vez mais", afirma.
FOLHA
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