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VÍDEO: Estradas ruins no Brasil é ‘problema crônico e sistêmico’ dos poderes públicos, avalia engenheiro

Fernando Figueiredo avalia os problemas infraestruturais e burocráticos que envolvem a construção e manutenção de rodovias no Brasil

Por Luis Fernando Mifô

24/07/2024 às 15h47 • atualizado em 24/07/2024 às 15h55

Na coluna Diário de Obras dessa semana, o engenheiro Fernando Figueiredo avalia os problemas infraestruturais e burocráticos que envolvem a construção e manutenção de rodovias no Brasil. Fernando afirma que a má conservação das estradas é um problema crônico e sistêmico dos poderes públicos municipal, estadual e federal.

A primeira constatação que se pode fazer, segundo o engenheiro, é que, certamente, os impostos que a população paga não estão sendo revertidos como deveria para a manutenção de rodovias.

“Isso é um problema sistêmico que a gente tem no funcionamento dos serviços públicos. As obras até são feitas. Só que, assim como tudo na vida, elas precisam ser supervisionadas e mantidas durante a sua vida útil. Uma estrada tem validade. É bem comum que a gente veja em todos os locais estradas que se acabam; vinte anos depois, ainda é a mesma estrada, da mesma forma. Você pega qualquer país desenvolvido do mundo, a manutenção é frequente”, ressalta o colunista.

Fernando Figueiredo explica que, entre outras razões, a durabilidade de um pavimento de estrada tem relação com o processo de terraplanagem na construção. É essa etapa da obra que pode indicar o quanto a rodovia suporta em termos de tráfego e peso de veículos. “A compactação daquelas camadas que estão abaixo do pavimento, é onde determina a qualidade da rodovia principalmente”, salienta.

O engenheiro faz uma crítica à maneira como o poder público banca a construção e a administração de estradas no Brasil. Em resumo, abre-se licitação para uma empresa realizar a obra, e o governo fica a cargo da manutenção através de uma altarquia, seja uma superintendência de trânsito (no caso dos municípios); um departamento estadual ou federal. E mesmo havendo aporte financeiro nessas instituições, o problema crônico persiste.

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