Principais causas de um apagão; saiba quais são as medidas de prevenção
As medidas para resolverem a situação necessitavam de tempo, seja o de reparo do equipamento existente ou o do transporte de um transformador até a subestação.
Os moradores de 13 das 16 cidades do Amapá passaram mais de 20 dias enfrentando problemas, caos e prejuízo no fornecimento da energia. Cerca de 730 mil dos 860 mil habitantes do Estado foram afetados. O problema na subestação causou a interrupção total por alguns dias e racionamento, em seguida, até o abastecimento ser retomado de forma ininterrupta nos 89% dos atingidos.
O fato ganhou repercussão nacional e colocou pressão nas autoridades em busca de uma pronta solução e também da identificação de quais os fatos que causaram um problema desta magnitude. A ocorrência deixou clara a importância de um planejamento detalhado, que considere todos os acontecimentos possíveis, e de planos de emergência para situações fora da normalidade de funcionamento.
Avaliando as informações preliminares sobre o caso, especialistas consideraram evidente que o sistema elétrico do Amapá não tinha um plano de segurança ou backup para casos emergenciais. As medidas para resolverem a situação necessitavam de tempo, seja o de reparo do equipamento existente ou o do transporte de um transformador até a subestação.
Também fez voltar à pauta de discussões a reestruturação do sistema de abastecimento de energia, em que as possibilidades vão desde o investimento em microrredes até o uso de fontes alternativas, como térmica, nuclear ou eólica, para complementar o abastecimento.
A importância do plano de contingência de energia
A situação do Amapá ressaltou a necessidade de comércios, indústrias, hospitais e clínicas médicas públicas e particulares, shoppings centers, condomínios, canteiros de obras e outros setores estarem preparados para casos excepcionais como incêndio, condições climáticas, acidentes, sobrecargas, entre outros motivos.
A segurança energética está entre os investimentos fundamentais para os setores que dependem da energia para funcionar, trabalhar, atender, manter a produção e o sistema de climatização, o funcionamento de data centers e acondicionar alimentos, produtos e remédios. Diversos setores precisam da garantia de operação segura e sem interrupções que causam prejuízos.
O plano de contingência consiste em elaborar uma estratégia para aplicar em situações emergenciais. Isso inclui preparar os colaboradores para identificarem situações de risco, como diagnosticar, definir quais ações devem ser executadas e como as informações serão comunicadas interna e externamente. Assim, antecipa-se aos possíveis problemas, adotando medidas que minimizam o impacto.
Uma destas ações é ter fontes de backup, que podem contar com gerador de energia elétrica e devem ir além para colocar tudo em funcionamento. O processo depende de um planejamento detalhado, incluindo a instalação e manutenção.
A primeira etapa é escolher uma empresa que ofereça o serviço, que tenha experiência no atendimento e uma equipe técnica especializada para levantar a demanda do cliente e indicar as melhores soluções em aparelhos.
A empresa deve ser responsável por realizar a instalação, monitorar o sistema, fornecer assistência técnica e substituição ou mesmo atualização do equipamento e cuidar da desmobilização, se houver essa previsão no projeto. Além disso, vale pesquisar como é o estoque, a logística e o transporte da empresa, para saber em quanto tempo os equipamentos estarão à disposição e em funcionamento.
Causa do apagão no Amapá
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério de Minas e Energia, no dia 3 de novembro, houve uma explosão seguida de incêndio em um transformador da subestação Macapá da concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE). A causa do incêndio ainda desconhecida e as responsabilidades estão sendo investigadas pelo Operador Nacional do Sistema, que abriu uma investigação com prazo de 30 dias para apuração.
O fogo destruiu totalmente o transformador 1 e danificou o transformador 2, causando o desligamento automático de linhas de transmissão na região. Após o controle das chamas, foi possível dimensionar o estrago.
De acordo com o Ministério, a subestação possui três transformadores, dois responsáveis pelo fornecimento de energia e um reserva. Com dois equipamentos indisponíveis, o local não funcionou porque o terceiro estava danificado e em manutenção desde dezembro de 2019.
O serviço foi retomado com a chegada e instalação de um transformador energizado na principal subestação do estado, que liga o Amapá ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
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