Destroços indicam "grande decomposição"da aeronave
Os destroços já encontrados do avião Airbus da Air France podem indicar que a aeronave enfrentou problemas graves, que a levaram uma forte decomposição. A análise é do comandante Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA). O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou nesta terça-feira que o avião Hércules KC-130 da […]
Os destroços já encontrados do avião Airbus da Air France podem indicar que a aeronave enfrentou problemas graves, que a levaram uma forte decomposição. A análise é do comandante Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA).
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou nesta terça-feira que o avião Hércules KC-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) encontrou uma faixa de 5 km de destroços de avião na área brasileira do Oceano Atlântico, na região do Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Segundo Jobim, esses destroços confirmam que o Airbus da Air France caiu nesta região. "Não há a menor dúvida que os destroços são do avião da Air France", afirmou.
Apesar de ressaltar que, por enquanto, tudo sobre esse acidente ser mera suposição, o comandante avaliou que o estrago ao qual a aeronave foi submetida foi brutal. "Ela teve uma decomposição grande, uma falha estrutural grave que pode ter ocorrido em vôo ou pode ter ocorrido no impacto da queda", disse.
Na visão do especialista, até agora os únicos fatos sobre o caso são que o avião vinha em condições normais até o último contato com o controle aéreo brasileiro e que algo de inesperado ocorreu porque o piloto não teve tempo de se comunicar novamente.
Na visão de Jenkins, a investigação desse acidente pode levar anos, assim como ocorreu na investigação do vôo da TWA que saiu de Nova York e explodiu no ar minutos depois.
"Na investigação do TWA que explodiu no ar saindo de Nova York, houve resgate de todos os destroços do fundo do mar e mesmo assim demorou anos para se chegar a uma conclusão. Hoje temos uma situação muito mais complicada", disse.
Mesmo assim, Jenkins avalia que, caso a busca pelos destroços seja proveitosa e se consiga encontrar as caixas de gravação de dados da aeronave, pode se chegar a uma conclusão de forma mais rápida do que se imagina.
"O tempo desta investigação é indeterminado e ela corre o risco de ser inconclusiva e ficar nessa situação que estamos hoje. Mas, as buscas estão sendo muito bem feitas e é possível que se encontre essas gravações", avalia.
"Toda a comunidade internacional de aviação sabe que é fundamental se descobrir as causas desse acidente, por isso se tem França, Estados Unidos e Espanha Unidos nisso tudo. A investigação deste acidente pode evitar acidentes futuros", afirmou.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy – Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).
Fonte:Terra
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