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Namorada do promotor Carlos Guilherme conta que sofreu pressão psicológica do MP

Os promotores, segundo ela, ainda a teriam lhe ameaçado de prisão, sob a advertência de que ela não tendo curso superior ficaria numa cela junto com marginais.

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13/07/2009 às 19h21

Fernanda Batista Silva, 18 anos, namorada do promotor Carlos Guilherme, disse que na última sexta-feira passou seis horas sob forte pressão psicológica exercida por membros do Ministério Público do Estado. Foi ameaçada de ser enviada para uma instituição pública que cuida de adolescentes e, sob coação, assinou uma folha de papel ofício em branco.

Fernanda detalhou que o drama vivido em poder de representantes do Ministério Púbico começou por volta das 16 horas da sexta-feira, quando foi abordada por pessoas à paisana e policiais militares, até as 22 horas, quando foi deixada na casa do promotor e seu namorado, na Praia do Poço, no litoral de Cabedelo.

Disse que, em dado momento, esteve com promotores histéricos que gritavam com ela. “Tinha um deles que gritava e dizia que eu tinha que dizer… que eles já sabiam de tudo… Nervosa, eu queria sair da sala. Eles debocharam quando falei que tinha advogado”. Depois lhe ameaçaram e a obrigaram a fazer exame de corpo de delito no IML da Capital.

Os promotores, segundo ela, ainda a teriam lhe ameaçado de prisão, sob a advertência de que ela não tendo curso superior ficaria numa cela junto com marginais.

A namorada do promotor contou que, ao chegar ao Manaíra Shopping para assistir a um filme, no carro da cunhada Ana Luísa, dois homens à paisana lhe abordaram. Eles lhe tomaram o aparelho celular e tomaram as chaves do veículo. Em seguida, foi posta numa viatura da Tropa de Choque, que chegou logo depois, e levada para a sede do Ministério Público, em João Pessoa.

Fernanda disse que os policiais lhe disseram que ela seria levada para o Ministério Público para conversar com o pessoal da comissão (a comissão que instaurou inquérito contra o promotor Carlos Guilherme). Ali ficou numa sala na companhia de uma coronel e uma tenente da Polícia Militar.

Neste momento Fernanda foi informada de que o namorado havia sido preso. Contou que desesperou-se na sala. Ela contou que, na seqüência, os policiais lhe disseram que iam levá-la para ver o namorado, a colocaram num carro e a levaram para um lugar que ela não conhece. Estava sob cuidados de uma tenente, uma coronel e um motorista do Ministério Público.

E acrescentou: “Quando chegamos ao local estava tudo desligado, as luzes estavam desligadas. Tinha gente lá dentro e a gente não sabia. De repente, ascendem as luzes e tinha gente lá dentro… a gente entra, eles apagam as luzes de novo, como se não tivesse ninguém…”

Fernanda contou que na seqüência desses fatos foi levada para uma sala sob a alegação de que uns promotores do Ministério Público Estadual queria conversar com ela. “Me dá um desespero, procuro sair da sala mas eles não deixam. Ai chegam os promotores. Não quero citar nomes aqui, mas sei quem são. Eles começaram a me fazer perguntas”.

Fonte: Portal Correio

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