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VÍDEO: Fisioterapeuta aponta causas da Dor Crônica e explica quais as melhores formas de tratamento

Yago Tavares é coordenador do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Santa Maria (UNIFSM). Ele explicou como identificar se a dor é crônica ou não

Por Priscila Tavares

03/09/2023 às 10h46 • atualizado em 03/09/2023 às 11h33

“Quando a gente pensa em dor crônica, a gente precisa entender duas coisas: Quem são as pessoas que sentem a dor crônica e o que é dor crônica”, disse o fisioterapeuta.

Yago é coordenador do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Santa Maria (UNIFSM), e explicou como identificar se a dor é crônica ou não.

“A gente entende por dor crônica alguma dor que se estende por um período superior a três meses, e geralmente essa dor crônica vem associada a uma doença que não tem cura, exemplo: fibromialgia, artropatias que a gente chama artrite, reumatoide, artrose, o câncer”, pontuou.

Ele falou da importância de entender quem sente esse tipo de dor e contou que a maior prevalência é em mulheres, mas pode acometer qualquer pessoa, desde crianças a idosos. Yago apontou também estudos que relacionam a dor crônica com os determinantes sociais.

“Acomete também, de forma mais acentuada e prejudicial, pessoas de uma renda menor, pessoas pretas ou pardas, existe toda essa caracterização social”.

Segundo o fisioterapeuta, não há garantias de que o paciente não irá sentir mais dor, após o tratamento, mas que é preciso ter cautela na forma em que se é dito isso ao paciente, pois alguns podem desenvolver a catastrofização da dor, onde irá vê-la de uma forma maior do que ela é.

“Sempre que um paciente chega para gente, ao invés de dizer ‘essa dor não tem cura’ a gente diz, ‘vamos ensinar a você conviver com a dor’. Na comunicação com esse paciente a gente precisa ter muito cuidado”, ressaltou.

Ele enfatiza a importância de um trabalho multiprofissional no tratamento da dor crônica e seu papel, como profissional de fisioterapia, para ajudar o paciente a reduzir e automanejar a dor. “Se ele identifica fatores no seu dia-a-dia que desencadeiam a piora do quadro doloroso. Então a gente, enquanto profissional, vai mostrar para esse paciente como criar estratégias de melhorar essa dor”.

“Manter-se ativo, mesmo nos períodos de dor é importante. Uma característica que a gente vê nesse paciente com dor crônica é justamente uma oscilação grande dos níveis de dor, então, hoje o paciente tem muita dor, amanhã é moderada e assim por diante. Eu preciso entender que quando a dor está muito intensa eu vou reduzir a carga de exercícios, mas parar definitivamente eu não posso e não devo parar”, completou.

Yago Tavares falou ainda que a cirurgia pode ser indicada quando o tratamento farmacológico e não farmacológico não está mais funcionando. Ele contou que a depressão pode ser um causador da dor crônica e explicou os malefícios do uso indiscriminado de analgésicos e corticoides.

DIÁRIO DO SERTÃO

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