Secretário fala de crimes de Marcos Aleijado, dívida com Sousa e anuncia reforços. Vídeo
Cláudio Lima se posicionou contrário ao armamento do cidadão de bem e justificou: "Uma pessoa com arma na vira cão”.
Em Cajazeiras, o secretário de Segurança Pública do estado, Cláudio Lima comentou a operação “Acefalia”, desencadeada nas primeiras horas desta terça-feira (17), que culminou na prisão de oito pessoas e mais sete apenados envolvidos com crimes de tráfico de drogas, homicídios e porte de armas ilegalmente.
Cláudio Lima participou da operação e prisão do diretor da cadeia de Catolé do Rocha, Carlos Magno Mesquita e revelou que Marcos Pereira (Marcos Aleijado), morto na última terça-feira (10) comandava o tráfico em Cajazeiras, Sousa, Catolé e outras cidades. "O diretor colaborava com Marcos Aleijado"
Segundo o secretário, as investigações que resultaram na apreensão de quase uma tonelada de drogas de Marcos Aleijado iniciaram em João Pessoa, quando a carga foi interceptada em Cajazeiras é que se descobriu que pertencia ao acusado de tráfico cajazeirense.
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Polícias
O secretário defendeu a união das polícias Civil e Militar e destacou as ações de apreensões de drogas e armas. “As polícias e estão de parabéns”, adiantando que a meta é trabalhar mais e render o máximo possível para o estado.
Cláudio Lima declarou que o problema da segurança não se resume a polícia, pois é iniciada a partir do sistema que tem uma legislação “fraca”, que favorece o “bandido” e disparou: “Segurança Pública nunca foi prioridade para nenhum governo. Ficou relegada a terceiro plano, não tem orçamento, cada governo dá o que quer”.
Falando de estrutura, o secretário admitiu que o sistema carcerário está falido no país. Segundo ele, a Paraíba tinha 8 mil presos, atualmente está com 10.200 e disse: A ordem é prender mais, mas não tem para onde mandar”.
Ele declarou que o Brasil pode ter a melhor polícia do mundo, ainda assim não resolveria a questão da segurança, pois esbarraria no judiciário, que não tem estrutura para julgar os processos. “O sistema para e todo mundo acha que o problema é polícia, mas é questão de sistema e com isso vem a impunidade. Nada funciona e você prende um assaltante 10 vezes e ainda acha que é polícia. Ninguém muda lei nesse país e quando muda é para facilitar o bandido”, desabafou o secretário.
Sousa
Perguntado sobre o alto índice de violência em Sousa, 17 homicídios registrados somente este ano, além dos constantes assaltos e tentativas de homicídios, o secretário confessor ter uma dívida com a cidade, mas prometeu ações para reduzir os índices de violência. “Temos uma dívida com Sousa e vamos repara isso se Deus quiser”.
Ele anunciou a troca de comando, saindo o delegado Antonio Neto da Seccional de Sousa para Catolé do Rocha e a volta de Patrícia Forny para a cidade de Sousa e o aumento do efetivo de policiais. “Esse aumento do efetivo vamos fazer agora e distribuir motocicletas para o comando”.
De acordo com Cláudio Lima, a troca de comando tem haver com a busca de melhoria nos resultados da segurança pública e afirmou que espera até o início de dezembro melhores resultados em Sousa.
Armamento
Cláudio Lima se posicionou contrário ao armamento do cidadão de bem e justificou: “Não é por que ele é um cidadão que ele não seja capaz de cometer coisas absurdas. Uma pessoa que não tem paz no coração com uma arma na vira cão”.
Mais
O secretário participará nessa quarta-feira (18), de uma reunião em Cajazeiras a convite do Tenente-Coronel Cunha Rolim, Comandante da PM de Cajazeiras, para discutir a questão da violência. O Comandante apresentará o panorama da segurança pública na região, além de uma proposta de ações de combate a violência, sobretudo ao tráfico de drogas na cidade.
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