VÍDEO: alunos de escola de Cajazeiras fazem vídeo contra ‘desafio da rasteira’ que matou estudante no RN
Especialistas dizem que esse tipo de brincadeira pode causar acidentes e levar à morte.
Um vídeo produzido por professores e alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Dom Moisés Coelho, no centro de Cajazeiras, chamou atenção nas redes sociais.
Quatro estudantes do 9º ano são filmados prestes a brincar de derrubar uns aos outros no chão, quando param e cada um exibe um cartaz formando a frase: ”CAMPANHA ISSO NÃO É BRINCADEIRA”.
Ao Diário do Sertão a gestora da escola Severina Bertoldo disse que a iniciativa da gravação partiu do professor Stefferson Bruno e foi aceita por toda equipe. O professor Francisco Dantas intérprete de libras produziu a gravação e a aluna Francisca Sayonara foi a responsável pela edição do vídeo. A iniciativa buscou conscientizar sobre uma brincadeira que viralizou entre adolescentes e vitimou uma estudante da cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte, Emanuela Medeiros, de 16 anos.
O vídeo foi compartilhado em todas as redes sociais e viralizou.
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De acordo com Severina os professores da escola se preocuparam com a situação, já que, nesta semana, vídeos em que adolescentes aparecem fazendo esse tipo de brincadeira em escolas começaram a circular novamente nas redes sociais e deixaram pais e mães assustados com o retorno do ano letivo.
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS?
Especialistas dizem que esse tipo de brincadeira pode causar acidentes e levar à morte. Em novembro de 2019, a estudante Emanuela morreu depois de bater a cabeça no chão ao cair durante uma brincadeira em sua escola, em Mossoró. Segundo a prima da vítima, a menina participava da brincadeira com outras duas pessoas que a seguraram e tentaram girá-la, com uma espécie de cambalhota. Durante o giro, ela caiu e bateu a cabeça no chão, sofrendo traumatismo craniano.
CAMPANHA ISSO NÃO É BRINCADEIRA
A partir de casos como esse, o professor de educação física, Stefferson Bruno, pensou em fazer algo que conscientizasse diante do tema, afirma Bertoldo.
“Fiquei muito pensativa sobre essa brincadeira, porque de uma semana para cá nos grupos que participo com outros professores e equipes escolares, só se fala sobre isso”, relata.
Após a ideia de alertar os jovens sobre os riscos, foram escolhidos três alunos do nono ano que toparam gravar.
Com a filmagem concluída, o vídeo foi compartilhado em todas as redes sociais da escola e, em poucas horas, passou a ter milhares de visualizações e compartilhamentos.
“Estamos muito surpresos com a repercussão que deu esse vídeo. Em poucas horas tivemos milhares de visualizações. Amigos e familiares do país todo parabenizando, compartilhando e elogiando a iniciativa. Em outra rede social, páginas com muitos seguidores também estavam postando nosso vídeo. Os alunos ficaram felizes de estar colaborando com uma coisa tão séria como essa. Uma atitude que não custou nada e com uma importância enorme”, destaca a diretora.
CONSCIÊNCIA
Para Bertoldo a ação é muito importante porque os jovens de idade escolar costumam agir por impulso e, muitas vezes, são incentivados e convencidos a fazer desafios sem medir as consequências.
“Infelizmente só param e pensam quando algo grave acontece. Não posso, na posição de educadora, esperar acontecer. Acredito que isso se tornou mania pois eles correm atrás de likes e views, tudo que dissipa na internet e é comentado. Tudo que soa desafiador, tudo que envolve “zoar” alguém torna-se na cabeça deles engraçado. Acredito que começou sem a intenção de uma tragédia, mas pode e já virou”, relata.
DIÁRIO DO SERTÃO
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