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José Ronildo

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Um ano de Governo

22/12/2017 às 11h06 • atualizado em 22/12/2017 às 11h53

O prefeito José Aldemir, já foi deputado federal cajazeirense

Certamente a população de Cajazeiras esperava muito mais do primeiro ano de gestão do prefeito José Aldemir, que de forma surpreendente venceu Denise Albuquerque, esposa do ex-prefeito Carlos Antonio, que disputou à reeleição e era franca favorita antes da disputa começar. Zé ocupou um vácuo na oposição de Cajazeiras, após ter rompido com Carlos Antonio, insatisfeito com acontecimentos durante a disputa eleitoral. Como Aldemir se aproximou da oposição em função do apoio a candidatura de Cássio Cunha Lima ao governo, isso facilitou as coisas.

É bem verdade que o tempo ainda é curto, já que o primeiro ano serve como encaminhamento dos grandes projetos para a cidade e os primeiros meses, para arrumar a casa. Nesse final de gestão ficou claro uma coisa: administrar Cajazeiras não é fácil. É preciso muito planejamento e cuidado, caso contrário perde o controle da situação financeira.

O diferencial de Zé Aldemir foram suas constantes viagens a Brasília em busca de recursos. Evidente que o principal “tento” do prefeito foi a retirada do nome do município do CAUC. A realização do carnaval na Avenida Juvêncio Carneiro e gratuito, também foi acertada, já que era um desejo da população.

Com o nome no CAUC o município não tinha como receber grandes investimentos do governo federal, principalmente em infraestrutura, inclusive, uma verba de 7 milhões voltou para o governo federal na gestão de Denise e que seria utilizado na urbanização do entorno do açude grande, entretanto, o preço para que isso acontecesse foi alto: parcelar uma dívida de 20 milhões, com parcelas de quase 300 mil.

No início houve muitas reclamações por parte da população em relação à saúde, que estava desestruturada, como vem ocorrendo na transição dos últimos governos. A secretária de Saúde Drª Paula teve que contratar os profissionais para que os postos de saúde e a policlínica voltassem a funcionar e isso demandou um pouco de tempo.

O mutirão da catarata também foi uma conquista importante da primeira dama; a aprovação do PCCR da Saúde; a Policlínica passou a oferecer exames de vista. Também houve reclamações com relação a demora para concluir a recuperação das estradas vicinais. Em termos de obras, quase nada pôde ser feito nesses primeiros meses de governo.

A ampliação da policlínica, um investimento inferior a R$ 600 mil foi uma verba destinada por Efraim Filho, entretanto, muitas obras poderão ser iniciadas a partir do próximo ano: R$ 4,5 milhões para aquisição do Centro de Imagens já está na conta da Prefeitura; R$ 1,5 milhões do senador Raimundo Lira para calçar 23 ruas está sendo licitado; tem a promessa do Ministério do Planejamento de liberar R$ 6 milhões para o recapeamento asfáltico de ruas e avenidas que estão esburacadas e cheias de remendos; as UBS paralisadas pela Operação Andaime estão sendo retomadas, como também, o Caps III, no conjunto do IPEP, além de várias emendas parlamentares e a perspectiva de finalmente a cidade ganhar conjuntos habitacionais construídos com recursos do Minha Casa Minha Vida, uma promessa que a gestão anterior não conseguiu cumprir, provavelmente pelo fato do município estar com o nome no CAUC.

O problema da gestão foi justamente o atraso no pagamento dos servidores municipais nesse final de ano. O prefeito e sua equipe foram pegos de surpresa, com as quedas drásticas no FPM e outros repasses do governo federal. O pagamento dentro do mês trabalhado poderia ter sido o diferencial do atual governo. Novamente observamos os servidores nas ruas se manifestando. O lençol é curto.

São muitos os compromissos financeiros, como repasse todo dia 20 do duodécimo da Câmara; a contribuição patronal do IPAM, que já acumula uma dívida de R$ 77 milhões; o repasse da empresa que cuida da limpeza urbana e coleta de lixo.

A administração teve que utilizar o mesmo artifício usado pelas últimas gestões: a exoneração dos comissionados e contratados para poder pagar o 13º salário. Até o momento a gestão passou longe dos escândalos de corrupção, aliás, o principal discurso do prefeito e da sua esposa, Drª Paula: o combate permanente a corrupção, tema que predominou também durante o embate eleitoral.

CURTAS

*O deputado estadual Jeová Campos ao ser questionado pelo radialista Alberto Dias sobre a demora para a ANAC fazer o teste do balizamento noturno do Aeroporto de Cajazeiras, para sua devida homologação disse o seguinte: O órgão é federal e vocês deviam cobrar era do deputado federal Efraim Filho, que é deputado federal e aliado de Michel Temer.

*A vereadora Léa Silva ao comentar a postagem de uma foto em uma rede social, almoçando na residência de um popular na zona rural, ao lado do pré-candidato a deputado estadual, Júnior Araújo, disse: “Construindo o novo”, deixando claro sua opção para 2018, na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa.

*Por falar em Júnior Araújo ele fechou mais um importante apoio na região de Cajazeiras: o apoio do prefeito do município de Poço Dantas, Dedé Cândido. No encontro ele estava na companhia do ex-prefeito Carlos Antonio e do seu pai, o advogado Chico Araújo.

*O governador Ricardo Coutinho assinou a Ordem de Serviço pra reforma, ampliação e modernização do Teatro ICA de Cajazeiras, em 22 de janeiro de 2013.

*Quatro anos depois, as obras ainda não foram concluídas.

*Quer brincar de “caça fantasma”? é só ir até a Câmara Municipal de Cajazeiras.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Ronildo

José Ronildo

Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

Contato: [email protected]

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Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

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