Temos um Brasil para recolocar nos trilhos
Desemprego.
Redução do consumo.
Endividamento.
Queda da renda e da esperança.
Estes são alguns dos “efeitos colaterais” de uma crise econômica – e os brasileiros sabem (e sentem) os reflexos de todos eles neste instante em que a recessão bate à nossa porta, indistintamente.
A crise que se instalou em 2015 e se arrastou para 2016 reduziu o Produto Interno Bruto do País em 3,8% e expurgou do mercado de trabalho mais de onze milhões de brasileiros.
É uma São Paulo inteira sem emprego e sem salários para prover seus dependentes.
A taxa de desemprego medida pelo IBGE – de 11.6% – já é a maior da série histórica que teve início em 2012 e coloca o Brasil em sétimo lugar num ranking negativo que congrega 51 nações.
É maior, por exemplo, do que as estatísticas ostentadas pelos nossos vizinhos Peru (que tem hoje taxa de 7,1 por cento) e Chile, onde o desemprego atinge 6,9 por cento da população.
E o ataque ao emprego é, possivelmente, o dano mais agudo que a crise pode provocar em um País.
Primeiro porque ataca a família, tirando o pão de sua mesa e colocando, em seu lugar, o desalento.
Segundo porque provoca estragos em cascata que repercutem em todos os segmentos da economia.
O desemprego provoca redução do consumo, que provoca queda no varejo, que provoca mais demissões, que provoca o encolhimento da renda…
É uma ciranda do infortúnio em que todo mundo dança – literalmente.
Os números estão aí para provar o que atesto.
Pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular, por exemplo, mostra que nove entre cada dez brasileiros diminuíram o consumo devido à crise econômica.
Já a renda média do trabalhador, medida pelo IBGE, vem caindo gradativamente e encerrou 2015 com queda de 3,14 por cento.
Tem mais: a deterioração da nossa economia já levou mais de 6 milhões de pessoas para os cadastros negativos do Serasa – onde 41 por cento dos brasileiros entre 18 e 95 anos aparecem com pendências financeiras.
Sabe o que isso significa? Uma multidão formada por 60 milhões de endividados.
A crise, portanto, não é retórica. Não é planta nem por A nem por B. É real. E pede medidas de combate.
Esta é, aliás, a questão que se impõe: como sair da crise?
Como restaurar a nossa economia, propiciando a abertura de novos postos de trabalho, aumentando a renda, debelando as dívidas, fazendo o consumo voltar a fluir?
De uma coisa tenho certeza: não é com milagres econômicos; não é com fórmula mágica.
Simplesmente porque elas não existem.
É com pé no chão. É com sacrifícios (e dos grandes).
Qualquer dona de casa sabe o que deve ser feito quando o dinheiro encurta e as dívidas crescem:
Conter os gastos! Economizar!
E é isso, efetivamente, o que o Governo Federal vem fazendo.
O presidente Michel Temer tem encarado de frente esta missão difícil e delicada que é a recolocação dos Brasil nos trilhos – mesmo que, para isso, a nação tenha que tragar doses generosas de remédios amargos.
Sua Proposta de Emenda à Constituição 241 é mais do que uma necessidade, é um gesto do Governo Michel Temer de responsabilidade social.
E temos que invocar todo nosso espírito de patriotismo e brasilidade para ajudar, cada um a seu modo, na difícil tarefa de reconstrução dessa nação.
O País precisa reencontrar o equilíbrio fiscal perdido. Só assim poderá restaurar sua capacidade de investimento e voltar a ser uma pátria mãe gentil para todos os brasileiros.
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