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José Antonio

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Rivalidade entre Cajazeiras e Sousa

26/02/2018 às 10h09

Vista panorâmica da cidade de Cajazeiras

O professor José Antônio de Albuquerque trouxe à baila, em seu Gazeta do Alto Piranhas (nº 1001, de 9 a 15/02/2018), a histórica rivalidade salutar entre as cidades de Sousa e Cajazeiras, sob o pretexto de revelar ensinamentos práticos de seu pai, o saudoso comerciante Francisco Arcanjo de Albuquerque. Zé Antônio derrama pequena dose de orgulho cajazeirense… sem, no entanto, melindrar nossos irmãos sousenses. Fez isso com habilidade e larga citação de dados estatísticos, prometendo retornar ao tema e confrontar, talvez à guisa de conclusão, qual dos dois municípios tem mais potencial econômico e político.

Há outro motivo para este meu artigo.

Não faz muito tempo, o advogado Eilzo Matos, ex-deputado, ex-secretário estadual de Justiça da Paraíba, – escritor, poeta, membro da Academia Paraibana de Letras – divulgou longo texto acerca do mesmo tema, em tom polêmico como é de seu feitio. O sousense Eilzo Matos, sobrinho-neto do ex-prefeito de Cajazeiras, coronel Joaquim Matos Rolim, remexe na intolerância recíproca entre as duas cidades, fala que nós, os cajazeirenses, dissimulamos um evidente enfrentamento belicoso. Vai mais além, arrisca, entre outras coisas, responder à pergunta que ele assim formula: Como nasceu a raiva? O objetivo não era, então, cutucar onça com vara curta.

Suas preocupações estavam dirigidas para a política de Sousa, tanto que apontou fraquezas nas lideranças locais, visíveis em eventuais disputas nas quais Cajazeiras levou a melhor. Eilzo tinha em mente alcançar fins eleitorais imediatos, como deixa transparecer no artigo Cajazeiras x São Paulo – Sousa se volta para o futuro.

Sousa-PB

Não posso deixar de registrar uma terceira motivação para a série de artigos que pretendo escrever a respeito da rivalidade Sousa versus Cajazeiras: a instigação do empresário Alexandre Cartaxo da Costa. Irrequieto, este meu quase primo, é um dos responsáveis por algumas das iniciativas e mobilizações de sucesso, levadas adiante pela sociedade de Cajazeiras neste começo do século XXI, das quais resultaram significativas decisões governamentais e realizações efetivas do poder público em benefício do desenvolvimento de nossa terra.

Esse conjunto de razões, portanto, me induz a entrar nessa seara, com a disposição que trago de bem servir a Cajazeiras, desde sempre. E faço com muita seriedade, esperando plantar sementes capazes de germinar frutos a serem colhidos no futuro por Cajazeiras e Sousa. É esse o meu propósito. Tentarei sistematizar alguns aspectos relevantes da intolerância recíproca de que fala Eilzo. Na sequência, pretendo abordar aspectos econômicos, políticos, educacionais e outros, de permeio com historietas vividas como cidadão comum e homem público.

A rivalidade vem de longe.

Pela versão de Eilzo Matos, a intolerância teria nascido a partir da perda do trem para Sousa, aí pelos anos de 1920, como ele recorda, ao citar episódio familiar protagonizado por Adalgisa Matos, sua prima, filha do coronel Matos. Fato que teria aberto caminho para a ciumeira cajazeirense. Fatos históricos nos levam, porém, a um passado mais remoto, ao meado do século XIX, quando Cajazeiras era tão somente uma povoação do município de Sousa. Nessa época, a política era conduzida, no âmbito do Partido Liberal, pelo padre José Antônio Marques da Silva Guimarães, vigário de Sousa, deputado provincial em várias legislaturas.
Mas isto fica para a próxima semana.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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