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Francisco Inácio Pita

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Retorno das aulas e o possível aumento da covid

06/12/2021 às 18h23 • atualizado em 06/12/2021 às 18h25

(Imagem ilustrativa - Foto TAYLOR WILCOX/UNSPLASH).

Por Francisco Inacio Pita

O retorno das aulas na Paraíba tem mostrado pouca frequência na sala de aula, até muito inferiormente ao percentual determinado pelos decretos governamentais do estado e acompanhado pelos municípios. O número de alunos presentes nas salas de aulas, segundo informações de professores e funcionários de algumas escolas com quem conversei, tem sido muito pouco, e talvez os prováveis motivos sejam:

1. O próprio aluno já está acostumado com as aulas remotas e uma boa parte deles não cumpre todas as tarefas, mas são aprovados no final do ano. Uma beleza para quem quer apenas ser aprovado.

2. Muitos alunos no horário da aula ligam o celular mostrando que estão presentes, mas desligam o vídeo e o áudio, o professor não tem certeza se ele está presente ou não. A não ser que o professor fique chamando individualmente cada um a todo instante, o que se torna impossível, porque termina não conseguindo ministrar o conteúdo se for chamar o aluno a cada instante. É claro que uma boa parte do alunado leva a sério e aprende o conteúdo, mas outros não estão nem aí.

3. Muitos pais tem medo do seu filho contrair a doença na escola e levar para dentro de casa. O retorno das aulas pode ser o caminho para aumentar os casos de covid 19 em todo o estado da Paraíba.

4. Segundo informações, algumas escolas privadas e públicas já fecharam as suas portas temporariamente, porque vários professores estão ou estavam doentes de covid 19 e a direção tomou a decisão de suspender as aulas até normalizar a situação.

O retorno das aulas é uma recomendação do ministério público, mas tem uma série de providências que as escolas são obrigadas a cumprirem. Exemplo: Medir a temperatura na entrada da escola, uso obrigatório de máscara sem tirar ou baixar hora nenhuma, lavar as mãos com água e sabão, é tanto que as escolas tiveram que colocar em suas dependências lavatórios móveis, colocar álcool em gel ou 70% a disposição em vários pontos da escola. Disponibilizarem funcionários que devem ficar sempre higienizando o ambiente, e assim por diante. Não estou afirmando, mas vou perguntar: Todas as escolas estão cumprindo à risca as regras de segurança? Se aumentar os casos da covid 19 e for provado que foi devido o retorno das aulas, de quem será a culpa? Perguntar não ofende, e eu acrescento: perguntar não ofende desde que a pergunta não atinja a dignidade individual do indagado ou dos indagados.

Estamos observando atualmente que vem aumentando o número de casos em nossa região, na minha forma de entender está relacionado com falta de fiscalização, ou talvez por que muita gente acredita que depois de vacinado ninguém morre de covid 19.

Muitos brasileiros não acreditam na ciência e no principal órgão de saúde mundial, chamado de Organização Mundial de Saúde e devido à politicagem entre o presidente da república e alguns governadores dos estados brasileiros, já morreu muita gente em nosso Brasil de Cabral.

Então meus amigos e minhas amigas, ainda se faz necessário muito cuidado, nos países onde iniciou a pandemia em 2019 já estava quase zerado os casos, temos informações de que a doença está voltando, muito acelerada e com dificuldades de controle. Os seus governantes estão retomando as providências e exigindo da população o cumprimento das medidas de prevenção e segurança.

No Brasil já é diferente, o presidente da república Jair Bolsonaro não usa máscaras, ainda não se vacinou e tenta baixar um decreto tornando desobrigado o uso da máscara. Realmente ele deve ser mais entendido do que a ciência e todos os pesquisadores mundiais, ou quer ser visto de forma diferente em todo universo, o que na verdade, já conseguiu ser conhecido mundialmente. Com a vacina tudo está mudando, mas ainda é preciso ter cuidado por algum tempo para ver se esse vírus desaparece.

As aglomerações em festas dançantes, bares e lanchonetes pode ser outro motivo do aumento do covid 19. É claro, são apenas entendimentos e com base nos fatos dos últimos meses em todo o universo, no Brasil e em nossa região. Sabemos que o consumidor de bebidas não se preocupa com o uso de máscaras e outras prevenções, para a maioria o importante é beber. Com base nessas afirmações, vamos novamente perguntar:

1. Será que a volta às aulas agora não foi uma ideia precipitada?

2. Faltando tão pouco tempo para o final do ano, porque não deixaram para começar essas aulas somente no próximo ano?

3. A vigilância sanitária e o ministério público estão fiscalizando as normas de segurança para evitar que a covid 19 atinja as escolas?

4. Se acontecer um aumento exagerado até o final do ano da covid 19 em nossa região a culpa será de quem?

Perguntar não ofende, e eu acrescento: perguntar não ofende desde que a pergunta não atinja a dignidade pessoal do indagado ou dos indagados.

Sabemos que o Brasil não pode parar, mas obedecer às regras determinadas pelos estudiosos é de suma importância para evitar que a doença continue matando muita gente. Essas regras são apresentadas por estudiosos que logo no início da pandemia se dedicaram dia e noite, pesquisando e apresentando as formas de prevenções. Não custa nada cumprir a todas as regras, “é melhor prevenir do que remediar”. O perigo do vírus quase todos conhecem, principalmente aqueles que perderam alguém da sua família. Apesar da descoberta da vacina mesmo em forma de teste, está provada a sua eficiência com um bom percentual, mas não devemos ainda deixar de lado as regras de prevenção, pelos menos por algum tempo, como uma maneira de evitar que a pandemia volte de forma acelerada em nosso país.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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