Prestígio político em jogo
É verdade que estas eleições que se aproximam não são municipais. Mas não é menos verdade que têm tudo a ver com os municípios, e portanto com seus líderes políticos.
Afinal de contas, União e Estados são entes abstratos que só existem na existência dos 5.561 municípios espalhados pelo nosso território. Assim, os eleitos em outubro serão fruto do somatório das vontades expressas nos municípios que, agrupados, formam Estados que, agrupados, formam a União federada.
Desta forma, será possível contabilizar numericamente a força política municipal de prefeitos e cabos eleitorais.
Explico: no município A, por exemplo, o prefeito apoia o candidato “Y” e o adversário direto do prefeito apoia o candidato “Z”. Contabilizados os votos de um e outro, “Z” obteve 54% dos votos dos munícipes contra 46% dados ao candidato “Y”. Logo, a ideia que fica, a ideia que se passa, verdadeira ou não, é que o adversário do prefeito, no momento, desfruta de maior lastro eleitoral, e portanto maior prestígio político, que o prefeito.
E por que isso? Ora, lastro eleitoral e prestígio político tem quem tem potencial de voto. E potencial de voto tem quem é bem votado ou quem consegue transferir mais votos para seus candidatos.
Desta forma, prefeitos, vereadores, líderes políticos de uma forma geral, terão seu potencial eleitoral testado nas urnas de outubro próximo. E muito embora este processo eleitoral diste dois anos do processo eleitoral municipal, o resultado de agora poderá ter fortes influências no processo vindouro, vez que do resultado de agora decorrerá toda uma mídia impressa, televisiva e principalmente radiofônica a exaltar os bem o potencial daqueles mais bem votados ou daqueles que mais transferiram votos para seus candidatos.
Em Cajazeiras, por exemplo, vamos ver uma luta renhida entre os que apoiam Cássio Cunha Lima, como os deputados Vituriano de Abreu e José Aldemir, contra os que apoiam a reeleição do governador Ricardo Coutinho, como a prefeita Denise Albuquerque e o Secretário de Estado Carlos Antônio. Esses dois aglomerados políticos devem polarizar o embate eleitoral no município em torno da disputa pelo Palácio da Redenção e, claro, a votação de seus candidatos, Cássio e Ricardo, será tida como a exata medida do prestígio eleitoral de cada aglomerado junto ao eleitorado.
Findo este processo, o que vai ser comentado é que Vituriano e Zé Aldemir têm mais prestígio eleitoral em Cajazeiras, ou que Denise e Carlos Antônio ainda são os maiores líderes políticos da terra de Padre Rolim. Tudo dependerá da votação de Cássio e de Ricardo Coutinho na cidade que ensinou a Paraíba a ler!
S O L T A S
*É por conta do prestígio eleitoral em jogo nestas eleições, com repercussão direta nas eleições de 2016, como explicado no artigo, que cada dissidente agora de um aglomerado é apoio em dobro ao aglomerado adversário agora e, repito, também para as eleições municipais!
*De olho na manutenção do prestígio eleitoral do grupo que comandam, a prefeita de Cajazeiras, Denise Albuquerque, e o seu esposo Carlos Antônio, Secretário de Estado, reuniram sua militância política esta semana. A ausência sentida por todos os presentes foi a do vice-prefeito Júnior Araújo!
*Fala-se na duplicação da BR-230 de Campina Grande à Cajazeiras, mas ninguém lembrou ainda em defender um ramal da Transnordestina entrando na PB. Só oportunismo político!
*Vai começar a via crucis eleitoral do candidato tucano ao governo da PB.
*Domingo é dia de notícia e informação. Domingo tem TREM DAS ONZE!
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