Pesquisas em projeção
“Mesmo desconfiando do acerto matemático e estatístico da pesquisa do Ipespe no tocante à distribuição das proporções relativas à intenção de voto vis-à-vis a população das Mesorregiões do Estado, divulgada no Jornal da Paraíba de hoje, há um dado histórico que merece reflexão: naquela pesquisa, Ricardo ganha em João Pessoa, Zona da Mata e Sertão. Nunca um candidato que venceu nestas três regiões deixou de ser eleito governador. “
A afirmação acima é do professor universitário, cientista político e presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (Adufpb), Jaldes Meneses, após a divulgação da pesquisa Ipesp/Jornal da Paraíba do último dia 27.
Não tenho elementos para dizer que o professor esteja certo ou errado. O que posso, e fiz, é traçar uma projeção do que possa vir acontecer na eleição, baseando-me nos dados disponíveis. Pois bem, vamos a eles: no dia 13 de setembro a pesquisa Ipespe/JP mostrava o candidato Cássio com 23% à frente de Ricardo Coutinho. No dia 27 do mesmo mês, 14 dias após aquela divulgação, outra pesquisa Ipespe/JP é publicada e, nela, via-se o candidato Cássio com 7% à frente de Ricardo Coutinho. Quer dizer, em 14 dias a diferença entre Cássio e Ricardo caiu 16%. Era 23% e depois caiu para 7%. E ainda restam 8 dias de campanha, considerando-se o hiato temporal entre os dias 27 de setembro e 4 de outubro, véspera da eleição.
Mantida essa tendência, podemos fazer um raciocínio lógico: se em 14 dias a diferença entre Cássio e Ricardo caiu 16%, em 8 dias restantes, quanto ainda cairá? Repito: mantida a tendência de queda!
Numa regra de três simples chegaremos ao resultado: mantida a tendência de queda da diferença entre ambos, nos 8 dias que restam essa diferença cairá ainda mais 9,14%. Ora, a diferença pró Cássio era de 7%; caindo 9,14%, significa que podemos chegar no dia 5, dia da eleição, com Ricardo Coutinho 2,14% à frente do candidato tucano. É matemática, não há o que contestar.
O que se pode contestar é se a tendência de queda persiste ou não. E isso, só o tempo dirá.
Uma coisa é certa: Cássio estacionou e Ricardo acelerou do meio pro fim da campanha. De tal forma que pode cruzar a linha de chegada já na frente de seu mais direto oponente.
S O L T A S
*“Se for eleito Senador José Maranhão diz que “abrirá mão da aposentadoria de ex-governador da Paraíba, para não acumular salários e descumprir o que estabelece o teto constitucional brasileiro.” Faz bem!
*Aliados do senador Cássio tentaram em vão emplacar desmentidos sobre o fiasco do comício do candidato tucano esta semana em Cajazeiras, mas não conseguiram. As fotos são de tal forma eloquentes que não deixam margem de dúvida sobre o pouquíssimo comparecimento de público no evento. Fala-se em 500 pessoas, aproximadamente.
*Aliás, o clima já foi melhor na coordenação de campanha do candidato Cássio, em Cajazeiras. Depois do tal comício sem gente, já começaram as escaramuças entre os caciques tucanos da terra de padre Rolim. Se houver derrota do candidato, aí o que eram escaramuças vão virar ringue de rua: a culpa é sua; não é sua…, e assim por diante.
*Quem quer ser líder tem que liderar e não ser liderado. “Non ducor duco.” Os prefeitos que ficam de um lado hoje e amanhã do outro, são prefeitos. Líderes não são, nem nunca serão!
*Na reta final de campanha, a maior manifestação em Cajazeiras, sem dúvida foi do candidato Jeová Campos (PSB), ao lado da prefeita Denise e do Secretário de Estado, Carlos Antônio.
*Lembre-se: seu voto tem consequências boas ou ruins para os outros, mas também para você!
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