Padilha na Saúde

Por José Ronildo – O presidente Lula deu posse ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e à nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI), Gleisi Hoffmann, na segunda-feira (10/3), no Palácio do Planalto. Na cerimônia, Padilha enalteceu o trabalho de reconstrução do ministério e do Sistema Único de Saúde durante a gestão da ministra Nísia Trindade.
O novo ministro listou compromissos como atualizar a tabela SUS para melhorar as condições de atendimento, priorizar a expansão do plano nacional de vacinação e ampliar a capacidade de atendimento de especialidades com vista à redução acelerada das filas e do tempo de espera.
Sua substituta na SRI, Gleisi Hoffman, assinalou compromisso de ampliação do diálogo entre os Poderes e com a sociedade por meio do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão – que reúne lideranças empresarias, dos trabalhadores, movimento sociais, da academia, da ciência e da cultura –, que passa a coordenar.
Gleise fez uma defesa contundente da política econômica – responsável pelos melhores indicadores de emprego, renda e crescimento econômico. Dirigindo-se ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou compromisso de agregar Executivo e Legislativo na continuidade da pauta econômica. Alertou para a importância da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) e deste ano e, ainda, da elevação da faixa de isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
LEIA TAMBÉM:
A troca de comando no Ministério da Saúde foi anunciada por Lula no dia 25 de fevereiro. Na ocasião, o presidente agradeceu à então ministra, Nísia Trindade, pelo trabalho e dedicação à frente do ministério.
A transição de comando na Saúde foi iniciada com uma reunião de trabalho entre o futuro titular da pasta, Alexandre Padilha, e Nísia Trindade. Padilha, que é médico e retornará à pasta que já comandou entre 2011 e 2014, afirmou que a meta de reduzir o tempo de espera para atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) será prioridade.
“A partir de agora minha dedicação total é pelo desafio que o presidente Lula estabeleceu, que é uma obsessão minha enquanto ministro, enquanto médico, que é reduzir o tempo de espera para quem precisa de atendimento de saúde no nosso País”, disse em vídeo divulgado nas redes sociais.
Desde 2023, Padilha estava à frente da pasta das Relações Institucionais que é responsável pela articulação política entre o Governo Federal e o Congresso Nacional.
Ainda no final de fevereiro, o presidente Lula se reuniu com a então deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a convidou para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, substituindo Padilha. Na ocasião, Lula se manifestou em uma rede social e desejou um “bom trabalho” à nova ministra.
Também pelas redes sociais, a futura ministra agradeceu a “confiança e o estímulo” do presidente Lula. “Sempre entendi que o exercício da política é o caminho para avançarmos no desenvolvimento do país e melhorar a vida do nosso povo. É com este sentido que seguirei dialogando democraticamente com os partidos, governantes e lideranças políticas”, escreveu.
Quem imaginava que o presidente Lula, nesse momento difícil de queda de aprovação do seu governo, fosse ceder ministérios para os partidos do Central se enganou. Ele reforçou o compromisso com o seu partido. Gleisi, essa nunca soltou sua mão, nem mesmo nos momentos mais difíceis, quando foi condenado e preso acusado de receber um apartamento e um sítio de uma construtora de presente.
Preços
O presidente Lula continua preocupado com o aumento dos preços de produtos da cesta básica, como carne, frango, arroz, café e mais recentemente o ovo. Os preços altos têm sido a motivação, segundo pesquisas, do aumento da reprovação do governo. Ele disse que queria entender porque o aumento desses produtos, especialmente do ovo. Uns dizem que são as exportações; outros afirmam que é o clima, afirmou.
O presidente retirou a taxa de importação de todos esses produtos na tentativa de baratear os preços. No atual governo Lula enfrenta um componente que não teve nos governos anteriores: a internet. As notícias ruins se espalham e viram brincadeiras debochadas (memes), enquanto as boas ações do governo não chegam pra todos com a mesma rapidez.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário