Os resultados finais da eleição de 2024
Por Saulo Péricles Brocos Pires Ferreira – Meus Grandes. Finalmente terminaram completamente as eleições municipais, com as apurações do segundo turno das nossas eleições paroquiais. Para um analista isento; nada de novo aconteceu, senão uma continuação do que era esperado desde o primeiro turno no nosso estado. Cícero venceu em João Pessoa e Bruno em Campina Grande.
Consolida-se o quadro do primeiro turno. E em termos de Brasil, nem veio a maré de direita que se esperava, nem as chamadas “forças progressistas” tiveram um ganho significativo que pudesse ser detectado pelo número de prefeituras conquistadas. Isso em minha opinião, se deve ao fato de que as tais chamadas “esquerdas” estarem fazendo leituras equivocadas do momento presente, e ao invés de chegarem ao seu supostamente público alvo, ficam se perdendo com discussões academistas que pouco ou nada interessa a maioria dos eleitores.
De fato, para uma família que está sobrevivendo com muita dificuldade até no campo da sobrevivência uma pauta de liberdade de gênero, quotas raciais, e outra pautas da “esquerda” pouco ou nada significa para essa população, em parte, até “levantam a bola para a direita chutar”. Esses discursos receados de academicismos não conseguem serrem ouvidos pela população carente de alimentação, que não tem o menor direito a um período mínimo de lazer; foge aos interesses imediatos dessa grande massa. Isso já foi há muito tempo, percebido pela direita, e pior, pela direita radical, que chegam com soluções simples, embora inexequíveis, que ela sabe que nunca vai poder entregar e oferece estas em uma linguagem que o povão consegue entender.
Então a gente tem que conviver com a realidade de que essa geração e as próximas serão o pessoal do “tic-toc”, que somente vai entender mensagens de dois minutos, e ter que se adaptar para essa realidade que está bem à nossa frente, mas a maioria do tal “campo progressista”, continua a repetir os chavões acadêmicos que hoje já estão superados. Os novos eleitores, e os eleitores que estão por vir, não estão acostumados, e nem tampouco estarão a ouvir uma explanação de quinze minutos a meia hora sobre determinado tema. Ou se faz essa adaptação, ou a estagnação é certa. A candidatura de Pablo Marçal em São Paulo está aí para comprovar essa minha tese (não é minha, mas de muitos novos comunicadores da nova mídia).
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Paremos por aqui. Pelo resultado dessas eleições, pode- se auferir uma coisa: o Nordeste, que salvou o Brasil da nova ditadura vota com Lula, mas não é uma região que fecha com a esquerda como um todo, pelos resultados dessas eleições, nossa região é bastante conservadora.
Fico.
João Pessoa, 28 de outubro de 2024.
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