Os avanços de Cajazeiras no setor imobiliário
A cada dia que passa me impressiona o crescimento de Cajazeiras no setor imobiliário. Em recente pesquisa, consegui atualizar os meus dados sobre os loteamentos já devidamente aprovados e os em fase de estudos, na Secretaria de Planejamento, e tomei um grande susto com o número já existente.
Já são 38 loteamentos e este número cresceu de forma mais intensa depois do ano de 2007, com o lançamento do Residencial Alto da Colina, de João Batista Rolim Lopes, com 227 lotes, que há 14 anos o mercado permitia que estes fossem vendidos para serem pagos em até três vezes, enquanto nos dias atuais, talvez, com a grande oferta no mercado, um novo loteamento, o Luar de Cajazeiras, com 594 lotes, em frente ao de João Batista, na mesma Estrada do Amor, que deverá ter seu lançamento agora no mês de junho, a modalidade de pagamento poderá ser feita, prevê-se, em até 120 meses.
A Zona Norte da cidade é a que tem sido mais privilegiada com a implantação de novos loteamentos, estando lá o maior de todos: Cristal I e II, com 1.229 lotes, de Dorian Gonçalves da Silva e Vicente Pinheiro Araujo; o Colinas do Oeste, de Zerinho Rodrigues com 581 lotes; o Luar Campus Universitário com 809 lotes e o Luar Cidade Universitária com 603 lotes.
Ainda na Zona Norte, está em plena fase de implantação, o Loteamento Joca Claudino com 693 lotes, que pertence aos herdeiros de seu Joca e Dona Francisquinha, que fica num altiplano, onde se descortina uma bela vista da cidade.
O loteamento lançado em Cajazeiras que teve um grande sucesso de vendas foi o Brisa Leste I, com 465 lotes, às margens da BR 230 e o Engenheiro Alex Cartaxo já está anunciando o Brisa Leste II, com 696 lotes, onde estará sendo doado ao Instituto Federal de Educação da Paraíba 40 mil metros quadrado de área e nele será construído um Núcleo para os Cursos de Engenharia da Instituição.
Mas o número que mais me impressionou foi o do total de lotes, que somam 9.897, isto mesmo: nove mil, oitocentos e noventa e sete, sem incluir neste número o famoso loteamento Paraíso Tropical, iniciativa pioneira em Cajazeiras, mas hoje é uma área invadida, conhecida como “Campo do Vaqueiro” e se constitui numa grande questão a ser resolvida na justiça.
O avanço imobiliário e o espaço verde
Estou solicitando, junto a prefeitura, uma cópia de cada loteamento para um estudo sobre as áreas verdes que estão sendo, segundo o que determina a legislação, preservadas, porque a história nos mostra que as grandes praças que existem em Cajazeiras foram conquistas do inicio do século passado, tendo como exemplo: a Praça Nossa Senhora de Fátima, a Praça do Dom João da Mata, que o prefeito Otacílio Jurema “engoliu” a metade, em 1954, para construir a prefeitura, a Praça Cardeal Arcoverde, a Praça Dom Moisés Coelho, o espaço do Xamegão, que a prefeitura já “engoliu” também uma parte para a construção de uma academia e a Praça do Trabalhador que foi totalmente “engolida” pelo Sindicato Rural e restou apenas um pedaço de uma calçada mais larga.
Em frente da Rodoviária, na Avenida Comandante Vital, tem um espaço mais generoso, conhecido como Praça do Skate. O Balde do Açude Grande, à margem esquerda foi construída a famosa Praça do Leblon. Por milagre escapou da sanha imobiliária a Praça do Pirulito, hoje ocupada por dois bares e bem próximo está a Praça Cristiano Cartaxo que se resume a dois pés de cajá e um banco.
Nos bairros, a mais famosa praça é a Camilo de Holanda, que teve também seu espaço diminuído com a construção da Igreja São João Bosco e na Zona Norte tem a Praça do Ronaldo. Na Vila Nova restou um espaço, que não é tão grande, mas tem a sua praça.
Mas onde estão as outras praças da cidade? No Bairro da Esperança a molecada joga bola no meio da Rua João Teberges, nas Casas Populares o que seria uma praça tomaram todo o espaço para construir um Posto de Saúde e duas grandiosas caixas-d’água.
A cidade clama por mais praças com espaços mais generosos e que estas áreas verdes que deverão ser preservadas não sejam o lugar por onde as águas vão escoar, ou nos buracos, ou nas pedreiras.
Sempre ouvi isto, desde menino: “vamos passear na Praça João Pessoa”, mas que praça, se nela contam-se nos dedos quantas árvores sobraram e quantos bancos inteiros existem?
Que nos novos loteamentos tenhamos espaços destinados a grandes e belas praças em nossa cidade.
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