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Alexandre Costa

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Queda e coice

26/03/2021 às 12h46 • atualizado em 26/03/2021 às 20h51

Queda e coice

Por Alexandre José Cartaxo da Costa

As previsões climatológicas para o semiárido nordestino, nada animadoras, de um fraco inverno para este ano com estimativas pluviométricas, muito abaixo da média histórica, aliada a excessiva demora na volta do auxílio emergencial para o enfrentamento da COVID-19, aguçou o grau de vulnerabilidade dos sertanejos espelhado nas ruas pelos acentuados números de pedintes perambulando pelas ruas, praças, faróis de trânsito e logradouros. São os invisíveis sociais, um maldoso eufemismo fabricado por tecnocratas para ocultar a nossa maior chaga social: Os Miseráveis.

Hoje no Brasil, esses invisíveis sociais ultrapassam mais de 14 milhões subsistindo com um pouco mais de 5 reais por dia, literalmente vegetam em situação de extrema vulnerabilidade social.

São brasileiros que apresentando graves sinais de desnutrição, não dispõem de recursos financeiros para sobreviver, para se alimentarem, se amontoam em condições precárias de moradia, não possem laços familiares e são incapazes até de se defenderem, não têm a consciência que possui os mesmos direitos e deveres dos demais cidadãos brasileiros, não têm CPF, conta bancária, não conhecem a internet, são invisíveis aos olhos do governo e o mais grave, a sociedade não os enxergam.

O avanço impiedoso da pandemia, agravado por um lerdo e interminável plano de vacinação, mergulhou o país na maior crise sanitária, econômica e social de todos os tempos. Temos em plena emergência sanitária, um país exaurido e perigosamente dividido num confronto ideológico fratricida sem precedentes em todo o mundo.

São números estarrecedores, ultrapassamos 300 mil mortes pela COVID-19, com os hospitais das principais capitais do país totalmente colapsados, recuo do nosso PIB – Produto Interno Bruto de – 4.1%, gerando um rombo nas contas públicas de mais de 778 bilhões de reais, fechamento de 1 milhão de empresas e uma legião de 14 milhões de desempregados. Rumamos para o abismo. Somente um rápido e eficaz plano de vacinação em massa da população, nos salvará do desastre iminente.

Além de queda, coice! Como se não bastasse esse quadro sanitário tétrico que assistimos com a economia do país em frangalhos, começa a se confirmar as previsões do meteorologista Rodrigo Limeira que apontam para o ano de 2021 um período de chuvas abaixo da média com grande irregularidade na sua disposição temporal e espacial. E isso tem nome: seca verde!

Alexandre José Cartaxo da Costa é empresário, presidente da CDL Cz, diretor da Fecomércio PB e membro da ACAL.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Alexandre Costa

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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

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