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Fernando Caldeira

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Ódio adoeceu nossa sociedade

09/07/2018 às 08h24

A enorme propaganda contra, a pouca e/ou falha comunicação do PT, a figura de Lula como expoente máximo desse partido e a união disso tudo num só balaio levou nossa sociedade ao estágio doentio em que hoje se encontra.

Temos um Brasil dividido: de um lado o ódio e de outro o ódio ao ódio! Somos, hoje, um Brasil que odeia! Um não, dois: um Brasil que odeia brasileiros, e outro que odeia outros brasileiros. E assim, nossa sociedade se auto odeia. A propaganda levou a isso: coxinhas odeiam mortadelas e mortadelas odeiam coxinhas. Isso é o retrato de nossa nação bananeira que há não muito tempo ostentava o título de 6ª. economia do mundo.

Tive a exata noção da gravidade do que estou afirmando quando nestes dias, como faço sempre, fui comprar pão. Andando pelas gôndolas do supermercado deparei-me com uma criança negra, suja e mal vestida, e que perguntava por sua mãe: “o sr viu minha mãe?”, indagava a todos na redondeza. Ela devia ter seus 4 para 5 anos. Até que uma funcionária levou-o pelas mãos à procura da mãe que finalmente foi encontrada. A mãe negra puxava outro filho menor num carrinho plástico disponibilizado para pequenas compras.

Nesse momento eu via toda a cena já na fila para pagar minhas compras, com uma mulher e algumas outras pessoas também na fila atrás de mim. Foi quando escutei aquela afirmação da mulher atrás de mim que quase me perfura os tímpanos: “ taí, são os filhos do Bolsa Família!”

Pensei em nem olhar para trás, mas não me contive. Mirando-a, rebati: não são não minha senhora, por que seriam, indaguei? Ela, com expressão de reprovação à infância negra, suja e mal vestida, e portanto de reprovação aos carentes, sugeria que aquela mulher teria tido seus filhos de olho “nos ganhos” do Bolsa Família!

Incomodado com aquilo ainda disse que o Bolsa Família colocava as crianças de famílias carentes nas escolas. E ela, com ar aristocrático de arrogância, emendou: eu sei, elas vão para a escola mas é só para comer! E ainda que considerando preconceituosa aquela sua colocação, perguntei: “e a senhora acha isso pouco num país de miseráveis”?

Do alto de seus conhecimentos ela encerrou nosso ríspido diálogo: “Eu sou professora!”

Aí, sinceramente, desabei. Desabei porque descobri que aquele ódio aspergido em TV`s, jornais, rádios, sites, blog`s e etc, havia adoecido todos nós, sem exceção. Até uma professora!

S O L T A S

*Começou o recapeamento asfáltico de ruas e avenidas em Cajazeiras. Mas um ponto para a administração Zé Aldemir!

*Chegou à Câmara Municipal nova reprovação de contas do TCE em relação a gestão Léo Abreu em Cajazeiras, relativas ao ano 2010.

*Senador Cássio minou e tirou Lira da frente na corrida para o Senado, e simplesmente desapareceu.

*Tudo indica que o PP de Aguinaldo Ribeiro vai mesmo apoiar João Azevedo para Governador.

*Até domingo. Nos encontramos no TREM DAS ONZE!


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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