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Francisco Inácio Pita

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O Natal de Jesus e dos homens

23/12/2008 às 11h47

Por que não dizer a maior de todas, essa festa é universal, abrangente, calorosa ­ e muito mais, estou falando do Natal, que envolve a todos. Uma das mais coloridas celebrações da humanidade e a maior festa da cristandade e da civilização surgida do cristianismo no Ocidente. É nesta época em que toda a fantasia é permitida. Não há quem consiga ignorar a data por mais que conteste a importação norte-americana nos simbolismos: neve, Papai Noel vestido com roupa de lã e botas castanhas, trenós, renas. Apesar dessa história de papai Noel não enganar a maioria das crianças. É nesta epuca também que muitos homens comerciantes de pequeno e grande porte exploram a humanidade, cria-se a idéia de presentear para levar a população ao consumismo. Podemos observar isso com muita tristeza, uma vez que o aniversariante, o maior de todo o universo, muitas vezes fica sem ser lembrado. Neste natal, procuremos deixar o Cristo nascer entre nós e permanecer nos coordenando. A nossa posição como cristão é deixar de lado as inimizades, procurar perdoar pessoas que muitas vezes cometeu alguma injustiça contra nós e entregá-las ao nosso Deus e todo poderoso, que ele nos fará sentir melhor em nossa vida.

O bom cristão aproveita para renovar e refletir com bom censo, procurando corrigir as suas falhas e seguindo a risco os mandamentos de Cristo. "Amai o próximo com a te mesmo", não levantai falsas testemunhas.

Não sejas arrogante diante dos empregados ou subordinados, desprezai a vaidade, a vingança, a maldade, a perfídia, a perversidade, a mentira, a calúnia, a valentia, o orgulho, o ódio, a inveja e outros acendestes desta natureza. Ostentação, luxo, riqueza, tudo isso fica para o além. Levamos somente os gestos nobres e as boas ações que praticamos. " somos pó e ao pó voltaremos"

Na origem, as comemorações festivas da epuca natalina vêm da Idade Média, quando a Igreja Católica introduziu o Natal em substituição a uma festa mais antiga do Império Romano, a festa do Deus Mitra, que anunciava a volta do Sol em pleno inverno do Hemisfério Norte. A adoração a Mitra, divindade persa que se aliou ao sol para obter calor e luz em benefício das plantas, foi introduzida em Roma no último século antes de Cristo, tornando-se uma das religiões mais populares do Império.

A data conhecida pelos primeiros cristãos foi fixada pelo Papa Júlio I para o nascimento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Pouco a pouco o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção. Conta a Bíblia que um anjo anunciou para Maria que ela daria a luz a Jesus, o filho de Deus. Na véspera do nascimento, o casal Maria e José viajou de Nazaré para Belém, chegando na noite de Natal. Como não encontraram lugar para dormir, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, sendo enrolado com panos e deitado em uma manjedoura. Os Pastores que estavam próximos com seus rebanhos foram avisados por um anjo e visitaram o bebê. Três Reis magos que viajavam há dias seguindo a estrela guia igualmente encontraram o lugar e ofereceram presentes ao menino: ouro, mirra e incenso. No retorno, espalharam a notícia de que havia nascido o filho de Deus.

Desde a sua origem, o Natal é carregado de magia. Gritos, cantigas, forma rudimentar do culto, um rito de cunho teatral, o drama litúrgico ou religioso medieval, mas tem ganhado muitas modificações no decorrer dos séculos. Dos templos, a teatralização ganha praças, largos, ruas e vielas, carros ambulantes, autos sacramentais e natalinos. Os dignatários da Igreja promoviam espetáculos.

Uma boa idéia, mas que pena só se realiza no Natal, trata-se da distribuição de cestas de alimentos para a população carentes das periferias. Hoje diversos grupos representativos, pastorais e etc. praticam esta ação de bom gosto para muitos. Ai imaginamos, o que faz os nossos representantes? A má distribuição de renda entre a população brasileira, onde os grandes políticos ficam com a maioria dos recursos e deixam a população sem fontes de renda, sem assistência à saúde, a educação, e muitos outros pontos que mudariam para sempre a vida de muita gente. O natal deveria ser realizado pelo menos uma vez por mês para saciar a fome de uma grande maioria da nossa população que vive sem emprego a lamentar pela má situação em que vive.

O Natal traz o "papai Noel", figura lendária que foi inspirada em São Nicolau, ou Santa Claus, bispo de Mira (Dembre, na atual Turquia), que nasceu na Ásia Menor, cerca de 270 dC. Mas nenhum destes personagens expressa o real significado dessas festas, pelo contrário, trazem a corrupção e a inversão dos valores expressos pelas mesmas.

O verdadeiro Natal nos apresenta Jesus Cristo como o Salvador do mundo. Como disse o anjo aos pastores naquela noite: "Eis que vos trago boas novas que serão de grande alegria para todo o povo. É que hoje vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor".

É mais do que óbvio que interesses que nada têm a ver com a festa, entraram e roubaram o centro da história. Falo dos interesses econômicos que "materializaram" a fé, institucionalizando mensagens pagãs como se fossem reais. A fantasia e o mistério criados nesta data acabaram atraindo as crianças e os presentes. Mas, de fato, o que é o Natal?

Natal é luz de Cristo ao mundo, quando Ele diz: " Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida."

Natal é esperança renovada, é certeza compartilhada pela presença do Rei Jesus. Natal tem a ver com o dar e não com o receber, tem a ver com Jesus como o aniversariante. Natal fala de amor, de graça e vida. Nas palavras de Cristo: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". O Natal aproxima pessoas, não as afasta. O Natal promove o respeito à vida e não aos bens materiais, pois Natal é vida, é Cristo que veio ao mundo, é alegria da vida nova.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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