O MAC e a eleição de prefeito
Apesar de Cajazeiras não ter ainda 44.000 eleitores, a escolha do prefeito acontece, este ano, em três turnos. Como assim? O primeiro turno já está em pleno andamento nos corredores da Justiça Eleitoral, a partir do momento em que o Ministério Público e a Coligação De Mãos Limpas (sic) requereram a impugnação da candidatura do ex-prefeito Carlos Antônio. O juiz Djacir Soares deferiu o registro, comemorado nas ruas da cidade após o anúncio da decisão daquele juiz singular. Aliás, dizem que é muito singular o nosso juiz. Inconformados com a interpretação dada pelo magistrado à Lei da Ficha Limpa, o Ministério Público e a coalizão do prefeito Carlos Rafael voltaram ao tapetão. O primeiro turno prossegue, pelo menos, até a decisão do TRE. Depois do dia 7 de outubro, mais encrenca virá, qualquer que seja o Carlos eleito nas urnas. Então, teremos um terceiro turno, outra vez no âmbito do Judiciário. É só esperar.
Enquanto isso, encobertos por essas nuvens de fumaça, os problemas de Cajazeiras restam cada vez mais distantes das preocupações dos candidatos e do interesse da população. Covenhamos, não foi por causa do imbróglio judicial que o MAC deixou de articular um fórum de debate sobre o desenvolvimento de Cajazeiras. Isso foi apenas o algo mais, a azeitona na empada… Independente do nebuloso cenário que hoje domina nossa política, o MAC permanece à margem do processo eleitoral, muito embora não tenha havido uma decisão específica tirada em reunião de seus membros. Isso não houve. Nem precisava, tal era o prenúncio de acirramento de ânimos a dominar as cúpulas e as galeras partidárias que, sem dúvida, não sobraria lugar para o debate sério, elegante, responsável, consistente e proveitoso de temas relevantes para o futuro de Cajazeiras.
Com esse clima acalorado, uma discussão pública entre os concorrentes à prefeitura, seria palco impróprio para abordar, com respeito e seriedade, os problemas essenciais de nossa terra. Seria contraproducente. Talvez o MAC, ao realizar um fórum de debates, contribuísse para aumentar a exaltação de ânimos entre as claques que, certamente, transformariam o evento num excepcional campo de baderna. O MAC não quer jogar lenha na fogueira. Por isso, preferiu manter-se distante. Ou melhor, equidistante. Não que seus membros reneguem suas posições. Ao contrário, como cidadão, cada um de nós exercita sua preferência partidária e escolhe seus candidatos. Nunca, porém, enquanto integrante do MAC.
Portanto, melhor deixar passar esse instante de quase loucura coletiva. O MAC não deseja engrossar a corrente dos que jogam gasolina para apagar fogo… Prefere continuar o trabalho suprapartidário, de formiguinha, a exemplo das cobranças públicas feitas mês passado em torno das obras complementares do Aeroporto Regional. Cobranças bem sucedidas, diga-se de passagem, tanto que a licitação para realizar o balizamento noturno foi publicada no DO de 7 do corrente. E mais, as formiguinhas realizam agora proveitosas articulações em busca da inclusão de Cajazeiras na malha nordestina de aviação comercial. A fumaça eleitoral vai perder-se no espaço sem perturbar a visão clara que o MAC tem da sua estratégia de atuação em benefício do desenvolvimento de Cajazeiras. Graças a Deus e, também, a sua firme disposição de enxergar longe, o olhar muito acima do muro.
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