O gesto do agradecimento

Mariana Moreira

Não sou dada a prática de jogar confetes ou rasgar sedas, sobretudo, quando sou eu o alvo dos comentários. Mas, de maneira carinhosa, alguns leitores me encaminharam mensagens gentis e afetuosas e, como forma de gentileza e carinho, as reproduzo.
Uma destas mensagens me foi enviada pelo Josenilson Feitosa de Lima, em 21 de julho diz o seguinte:

Boa noite Mariana!
A infância que me permitiu compreender os primeiros sons, também me fez guardar na memória de longo prazo alguns deles. Salvos que somos pela capacidade de percebê-los como escrita enquanto lemos ou escrevemos, após ler seu último artigo intitulado "Um novo Tênis Clube para Cajazeiras" postado pelo site Diário do Sertão, me veio uma nostálgica sensação que identificou seu nome entre aqueles tantos que escutei enquanto menino. Passada a nostalgia, fui tomado por uma imediata, e mesmo assim duradoura, sensação de identificação com a forma poética como você escreve. Enquanto "eu menino", seu nome era prosa, agora "eu adulto" seus textos são poemas com uma fulgurância singular, que quebram os obstáculos de uma cidade hoje obscurecida sobretudo pela falta de respeito com o que outro dia foi sua origem, o saber. Esse jeito peculiar com o qual você consegue dar significado aos vocábulos, faz nascer em mim uma sensação de que ainda nos resta um futuro apaixonante nesta cidade. A sinceridade, o respeito, e o amor, necessários aos românticos, você nos doa quando consubstancializa cada palavra em suas sentenças poéticas. Deixo para você meus sinceros elogios e agradecimentos por iniciar o resgate de um sentimento que envelhece pela ação oxidativa da pobreza espiritual do povo de minha terra, Cajazeiras.

Abraços e felicidades
Nilson
São Paulo, Inverno de 2010.

Outra mensagem me foi enviada no dia 04 de agosto, pelo Francisco Pereira Silva, e fala:

Olá Mariana,
Queria saber mais de você. Seus textos são fascinantes. Neles estão revelados sentimentos de uma pessoa inteligente, culta, simples e séria. Todos deixam seus históricos; o seu, não. Sei que é jornalista. Acho que na arte de escrever está bem claro seu maravilhoso Dom. No seu primeiro artigo eu vi uma poetisa angustiada em passar a perfeição ao leitor. Depois, uma indicação politicamente correta nos rumos das tradições juninas inocentemente teatralizadas pelos sertanejos. Também fui cúmplice no seu desejo de respirar urbanização. Agora…, o que mais me deixou feliz foi o cenário do Tênis Clube. Cenário do passado, não o de hoje, motivo do seu descontentamento. Nos idos dos anos 60, foi lá que eu tive o meu primeiro alumbramento como dizia Manoel Bandeira, poeta por você lembrado. Foi lá que a adolescência chegou e me achou encantado com os descobrimentos da vida.

Pois bem! Hoje aparece você resgatando essa saudade de uma maneira tão brilhante e principalmente bela pelo modo claro da revitalização proposta. Por isso é que eu queria saber mais quem é Mariana Moreira, excelente escritora. Acima de tudo, meus respeitos e rogos de permissão para admirá-la.

Sou um apaixonado por Cajazeiras, cidade onde morei até os 19 anos. Hoje aos 59, ainda tenho vivas todas as lembranças daquela juventude de aventuras e descobertas. Moro em São Paulo, sou casado e quase avô. Um casal de filhos já com vôos próprios; ela na Alemanha. Tenho uma pequena fábrica de bolsas e um incansável gosto pela boa leitura. Isso sou eu. Ficarei certamente grato se eu for merecedor da sua menção.

Att.: Francisco Pereira Silva

São para essas e tantas outras pessoas que ainda não perderam a gentileza, que procuro, semanalmente, através de palavras triviais falar de sentimentos triviais e de nosso cotidiano. O meu afeto pelo carinho.
 

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Adjamilton Pereira

Adjamilton Pereira é Jornalista e Advogado, natural de Cajazeiras, com passagens pelos Jornais O Norte e Correio da Paraíba, também com atuação marcante no rádio, onde por mais de cinco anos, apresentou o Programa Boca Quente, da Difusora Rádio Cajazeiras, além de ter exercido a função de Secretário de Comunicação da Prefeitura de Cajazeiras.

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