“O bispo do Crato sai ou não sai? Eis a questão”
Por José Antônio
O jornal GAZETA DE NOTICIAS, da cidade de Juazeiro do Norte na edição deste dia 15 de julho, em seu editorial, questiona a presença do bispo Dom Fernando Panico a frente da diocese do Crato. Toda esta questão está sendo analisada pelo Vaticano, depois que outro bispo, Dom Genival Saraiva de França, colheu depoimentos e elaborou um relatório para análise da Santa Sé. Vamos aguardar o desfecho do caso. Abaixo transcrevo o editorial:
“É a pergunta que mais se faz no âmbito da Diocese do Crato que abrange 57 paróquias em vários municípios do Cariri. Essa mudança é urgente e necessária por vista que há uma séria de impropérios que fez os religiosos perderem a estima e considerações por sua igreja. No entanto o Vaticano é por demais moro¬so em suas decisões, mesmo que essa demora venha em prejuízo e desgaste espiritual e moral para a igreja do papa Francisco.
O seu bispo Fernando Panico não foi prudente nem cauteloso na execução de seu trabalho pastoral. Suas decisões, sempre unilaterais, pro¬vocaram grandes desgastes e abalo na economia e principalmente o desperdício do patrimônio da secular Diocese do Crato. Muitos imóveis foram vendidos a preços de bagate¬la, irrisórios diante do que se pratica no mercado imobiliário. Atualmente a Diocese do Crato vem enfrentando sérios problemas de ordem financeira, caindo em falta com suas obrigações a pagar, e por consequência abalada moralmente em seu conceito de institui-ção religiosa.
Diante de todo esse despautério, ainda há quem duvide dos fatos e eleve o bispo do Crato a categoria superior e proclamar ao reverendo bons atributos inexistentes e irreais.
Do cidadão Fernando Panico e da própria Diocese do Crato é possível contar mais de 200 procedimentos na Justiça, uns contra e outros a favor de sua pessoa e/ou da instituição, tudo em função de abusos, desmandos, falta de compreensão e ordem em seu episcopado.
Os asseclas, seus sequazes, perseveram em contestar verdades e até mesmo em juízo e diante de juramento de “dizer somente a verdade,” declaram enfaticamente o que sabem ser falso.
Esta Gazeta de Notícias, um jornal voltado para o patriotismo, devotado à luta pelo desenvolvimento da região e alcance de uma boa qualidade de vida para sua gente, vê com aversão fatos que venham dar uma direção contrária ao bom andamento do avanço ocorrido até então. A Diocese do Crato, através de seus quatro bispos anteriores (luzeiros da Diocese – no dizer do Padre Montenegro) e ajuda de seus fiéis, em seus 100 anos de existência conseguiu regatear um acervo patrimonial não mais que suficiente para sua auto sustentação, principalmente com a renda dos aluguéis de casas e prédios, e manutenção do Seminário São José com suas obras de vocações sacerdotais.
Por último chegou à Diocese do Crato, o bispo Dom Genival Saraiva de França, vindo por determinação do Papa Francisco e do núncio apostólico do Brasil, para in loco, ver as denúncias, o comportamento de Dom Fernando, ouvir e colher depoimentos e fazer um relatório para análise do Vaticano. No entanto, Dom Genival tem sido complacente e benevolente com os fatos, ficando sempre na defensiva de seu colega de clerezia”.
A Diocese do Crato
A Diocese de Crato foi criada em 20 de outubro de 1914, pelo Papa Bento XV, através da bula papal Catholicae Ecclesiae, sendo desmembrada do território da Diocese do Ceará (hoje Arquidiocese de Fortaleza). Sua sede é a Catedral de Nossa Senhora da Penha no município do Crato.
Ela situa-se no extremo sul do Estado do Ceará, limitando-se com as dioceses de Iguatu (Ceará), Cajazeiras (Paraíba), Afogados da Ingazeira e Petrolina (Pernambuco), Picos (Piauí). A sede da Diocese e algumas cidades situam-se no Vale do Cariri e Chapada do Araripe (área marcada pelo verde da vegetação, solo esponjoso calcáreo, camadas superiores do sub-solo de arenito, considerável número de fontes) e sertão que a circunda.
Diocese de Cajazeiras
O povo cristão da Diocese de Cajazeiras vive a expectativa da nomeação do substituto de nosso querido Dom José Gonzalez Alonso. Vamos rezar para que o Vaticano nos envie um bom pastor e que no futuro ele não possa ser “contestado” como o do Crato.
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