O agronegócio que dá certo
Por Alexandre Costa – “Enquanto os cães ladram a caravana passa”. Esse milenar provérbio árabe cai como uma luva para descrever o auspicioso momento que o injustiçado agronegócio brasileiro vive. Vítima de um ranço ideológico sem precedentes esse forte e emergente setor da nossa economia vem sendo sistematicamente alvos de covardes ataques e perseguições contra aqueles que literalmente levam o Brasil nas costas.
Os recentes números divulgados pelo IBGE atestam isso, o PIB do Agronegócio contribuiu com 90% dos 1,9% de crescimento da economia brasileira no primeiro trimestre desse ano. Não é pouca coisa. O Agro cresceu 21,6% nesse trimestre, um espetáculo. Foi o melhor resultado desde 1996.
Mas afinal o que levou a agropecuária brasileira despontar com números que a alçou como umas das maiores e mais competitivas do mundo? Eu respondo: ciência e tecnologia. Uma história que começou 50 atrás com criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que lançou as bases para que Brasil saísse da condição de importador de alimentos no início da década do anos 1970 para se tornar hoje o celeiro do mundo. Técnicos foram enviados ao redor do mundo para estudar a produção agrícola de países de clima temperado para formular uma adaptação ao nosso solo e clima tropical que redundou num sucesso estrondoso com o cultivo de grãos no cerrado brasileiro.
Com 43 unidades de pesquisas espalhadas por todo país a Embrapa se tornou referencia nacional e internacional em excelência na pesquisa nas áreas da biotecnologia, nanotecnologia e agricultura de precisão que antecipou a chegada da tecnologia 5G no campo.
Hoje com a safra de grãos superando 310 milhões de toneladas, os nossos produtores ao longo de cinco décadas conseguiram aumentar a nossa produção em 500% ampliando a área plantada em apenas 60%. Um show de competência tecnologia e inovação que espanta o mundo, aliando produção, produtividade e sustentabilidade.
Depois de serem chamado repetidas vezes de fascistas, o episódio da participação do líder maior do MST na comitiva oficial presidencial na viagem oficial a China gerou revolta e irritação nos líderes do agronegócio que produziu desdobramentos que levaram ao ruidoso “desconvite” ao Ministro da Agricultura para participar da solenidade de abertura da 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola (Agrishow), um dos maiores eventos da agropecuária mundial. Esses fatos recorrentes mostram nitidamente os equívocos e o despreparo do nosso presidente, que ainda no palanque, não se conscientizou que o sucesso na condução do seu governo passa necessariamente pela a sua missão de pacificar o povo brasileiro e não enveredar no caminho inverso alimentando o sectarismo que pode levar o país a um perigoso confronto fratricida.
Não sei até quando a caravana do agronegócio vai continuar passando passivamente sempre fustigada pelos odientos latidos dos que nada produzem, apenas alimentam a discórdia e o ódio.
Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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