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José Antonio

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Na Ucrânia: uma guerra sem sentido

07/03/2022 às 23h23

Imagem reproduzida da internet de uma explosão provocada pelos russos na capital da Ucrânia, Kiev

Por José Antonio

“Bombas que custam 100 mil dólares lançados por um avião que custa 100 mil dólares por hora, para matar pessoas que vivem com menos de um dólar por dia. Esta é a merda que chamam de guerra”

A indústria bélica, espalhada em vários países, daria para acabar a fome e a miséria do mundo. Os grandes arsenais de guerra da Europa estão sendo “mostrados”, desde a última quinta-feira, 24, quando Vladimir Putin iniciou oficialmente a invasão da Ucrânia, com desdobramentos caóticos. Estamos vendo uma guerra em tempo real pela televisão e outros meios de comunicação. Os satélites, que giram em torno da terra, com seus potentes equipamentos, tornam possíveis imagens cruéis, dolorosas, trágicas e terríveis.

Diante do cenário trágico e marcado por incertezas, uma frase “invadiu” as redes sociais e foi atribuído ao combatente da Segunda Guerra Mundial, Erich Hartmann, “A Guerra é um lugar onde jovens, que não se conhecem e não se odeiam, se matam, por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam”.
Esta guerra entre a Rússia, que é maior potência nuclear do mundo e a Ucrânia, tem sentido? Tem lógica? É feita em nome de que e para quê? Putin seria um “novo” Hitler? Por que tanta sana e ganância pelo poder?
O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo, mas foi em vão: “Só tenho uma coisa a dizer do fundo do meu coração: Presidente Putin, impeça as tropas de atacar a Ucrânia. Dê uma oportunidade à paz”. Os membros da UNU, em quase sua totalidade condenaram o ataque, sem justificativa. E por todo o mundo ouvem-se vozes de condenação.

“Amo o meu país, é a minha casa, a minha pátria! Quero viver em paz, sem guerras nem ameaças constantes.” Quantos ucranianos iguais a Darya Bilobid, antiga judoca ucraniana do Sporting, não estão a clamar por paz! E não é só uma questão de paz, mas acima de tudo de liberdade.

“É preciso internar o louco.” Disse Milos Zeman, Presidente da República Checa, referindo-se a Vladimir Putin e o presidente da França, Emmanuel Mácron, afirmou: “Ao escolher esta guerra, Vladimir Putin decidiu ameaçar da forma mais grave possível a paz que dura na Europa há décadas.”

Quando nasci, em 13 de junho de 1946, a Segunda Guerra Mundial, há pouco mais de um ano havia acabado: em 08 de maio de 1945. Esse dia foi comemorado como o Dia da Vitória, embora na Europa já tivesse terminado, mas, no Pacífico, os japoneses não assinaram a rendição e continuaram o combate, principalmente contra as tropas norte-americanas. Nunca esqueci esta data: 08 de maio, porque era a data de nascimento de meu pai, que se não fora agricultor teria sido convocado para a guerra, a exemplo de seu Sobrinho Robério Albuquerque, que ficou meio “agitado” depois da guerra.

Mas fica a pergunta, qual a razão desta guerra entre a Rússia e a Ucrânia? O povo ucraniano resiste e poderá desmoralizar o poderio bélico da Rússia e deixar Putin cada vez mais louco.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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