Ministério da Educação criem a disciplina: educação nas redes
Quais os “benefícios” ou “malefícios” trazidos pelo uso excessivo das Redes Sociais para com o desenvolvimento social, cognitivo e afetivo das crianças e adolescentes?
A Psicopedagogia: “área do conhecimento que estuda a aprendizagem dos seres humanos. Essa ciência se dedica a compreender como os indivíduos aprendem, quais as dificuldades podem surgir nesse processo e como potencializar o aprendizado.” Atualmente grande parte dos profissionais desta área têm se dedicado a pesquisas no intuito de identificarem quais são os benefícios e/ou malefícios para o desenvolvimento social, cognitivo e afetivo com o uso desregrado das Redes Sociais.
Nove em cada dez crianças e adolescentes são usuárias de internet
“O estudo, conduzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), apontou que 93% das crianças e adolescentes do país entre 9 e 17 anos são usuárias de internet, o que corresponde a cerca de 22,3 milhões de pessoas conectadas nessa faixa etária. No entanto, esse acesso ainda revela desigualdades.
Em 2019, antes da pandemia de covid-19, 89% dessas crianças e adolescentes tinham acesso à internet. Dois anos depois, houve avanços, que foram principalmente percebidos entre as crianças e adolescentes da Região Nordeste: em 2019, 79% delas tinham acesso à internet e esse número passou para 92% no ano passado. Também houve avanço nas áreas rurais, cujo acesso à internet passou de 75% para 90% nessa mesma comparação, e entre crianças de 9 a 10 anos, que saiu de 79% para 92%.”
“Contudo, o uso excessivo das tecnologias digitais acarreta diversos problemas, entre eles, isolamento social, narcisismo, depressão, ansiedade, dependência etc. No campo cognitivo, esse uso desregulado pode provocar diversas patologias relacionadas ao excesso de informações não processadas, que terminam por gerar uma sobrecarga cognitiva ao invés de conhecimento.”
Dados fazem parte da pesquisa TIC Kids Online Brasil.
Os adolescentes lideram o ranking de uso de celulares e internet. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso evidencia o quanto a internet está inserida nos lares brasileiros e o seu poder de persuasão.
Então será imprescindível que professores, tanto da Rede Pública quanto da Rede Privada de ensinos, trabalhem em conjunto com os profissionais da psicopedagogia, participando das pesquisas etc. Desta forma, trazendo novos mecanismos, a cada dia mais eficientes, de modo que o meio tecnológico seja um facilitador na questão do ensino, com didáticas que não se distanciem da realidade de cada qual dos nossos jovens, reduzindo os níveis de frustração. Onde de um lado eles terão o MUNDO virtual onde tudo é “possível” … E até poderá ser, NO BOM SENTIDO, CLARO! Mas será preciso que se deixe claro às crianças e adolescentes que a realidade deste lado de cá, no MUNDO físico, nem sempre será determinada pelas escolhas que elas vierem a fazer no mundo virtual.
Considerando o que já foi tratado até então, será impensável um sistema educacional que se utilize de uma didática desvinculada desta nova realidade, pois o mercado de trabalho e as relações sociais estão cada dia mais conectados por processos mediados por tecnologias digitais. Entretanto, vários pesquisadores estão abordando o modo como o uso excessivo dessas tecnologias afeta os adolescentes de forma social, afetiva e cognitiva, comprometendo as suas capacidades criativas e cocriadoras enquanto futuros sujeitos que integrarão os processos de produção no novo mercado de trabalho atual, onde as tecnologias utilizadas personificam os novos meios de produção e que exigirão não só competências técnicas e operacionais dos prestadores de serviços etc.
OS MEIOS DE PRODUÇÃO NÃO SÃO MAIS, SÓ E SOMENTE SÓ, OS DE NATUREZA FÍSICA MATERIAL, PALPÁVEL. O TRABALHO HOJE EM DIA ESTÁ MAIS PRESENTE NO AMBIENTE VIRTUAL QUE NO FÍSICO, ONDE, AINDA, FAZEMOS AS NOSSAS NECESSIDADES FÍSICAS DE CADA DIA.
ENTÃO PRECISAMOS DE UM SISTEMA EDUCACIONAL QUE COLOQUE NO MERCADO DE TRABALHO, SOBRETUDO NO MUNDO VIRTUAL, PROFISSIONAIS HUMANISTAS. QUE A INDIFERENÇA QUE ATRIBUI TODO ENTRAVE, QUER SEJA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ON-LINE, QUER SEJA NA PRESENCIAL, ATRIBUINDO QUE A CULPA É DO “SISTEMA”., QUE ESTE CONCEITO SEJA REVISTO, AFINAL, AINDA SOMOS TODOS NÓS OUTROS: SERES HUMANOS! MÁQUINAS SÃO SÓ MÁQUINAS E HIERARQUICAMENTE AINDA ESTAMOS ACIMA DELAS…
Será imprescindível que os meios educacionais, não somente a educação voltada para o ensino técnico profissional, adequem as suas didáticas às exigências do novo mercado de trabalho, já que as tecnologias fazem parte dos processos produtivos e a cada dia esse fenômeno se ampliará. A didática que hoje se faz necessária se mostrará eficiente quando houver a necessidade de uma intervenção humana num momento de pane de um sistema eletrônico, qualquer que seja a sua natureza operacional. Então a interação humana deverá ser eficiente de modo a garantir a continuidade da tarefa, seja de que natureza for, mas que a autonomia humana seja garantida para intervir quando se fizer necessário. Essa forma de interação entre o Ser Humano e os processos tecnológicos que fazem parte do nosso dia a dia, enquanto prestadores de serviços etc., isso trará não só mais segurança para o profissional, que numa falha do sistema estará apto a mantê-lo funcionando, mas também poderá manter a sua estabilidade profissional, seja enquanto autônomo ou funcionário de uma empresa.
Um sistema educacional de base que deixe claro que o objetivo maior na formação deste profissional será a implementação pelo Estado de uma educação que lhe dará as condições de tomar decisões quando necessárias, este será um profissional que se sentirá mais seguro em desempenhar suas funções, e com certeza melhorará a sua autoestima. Imprescindível será educarmos as nossas crianças e adolescentes deixando-as conscientes de que acima de qualquer Sistema, está o Ser Humano.
“Num mundo cada vez mais conectado pela Rede Mundial de Computadores, as consequências do uso indiscriminado de tecnologias digitais pelos adolescentes serão catastróficas e imprevisíveis se não considerarmos a influência da tecnologia sobre os adolescentes no ambiente familiar, em que se retratam questões sobre afetividade e a relação dos adolescentes para com a família e com as tecnologias digitais; e os diversos conflitos que surgem no espaço real e no virtual, em que se mostra como a tecnologia interfere nas relações dentro e fora do ambiente virtual; e o que se perde e o que se ganha na cognição, em que se apresentam algumas considerações sobre os problemas causados pelo uso excessivo das tecnologias digitais.”
Então: que o “SISTEMA” não seja a desculpa para a falta de capacidade em lidarmos com as situações problemas, entendendo que a tecnologia não vem para embrutecer o Ser Humano, mas para humanizar e agilizar a realização das nossas tarefas em nosso dia a dia, porém de forma racional, e que não se faça uso do Ser Humano equiparando-o a um software. Pensando nisso há de se implantar em todos os cursos técnicos, quiçá a filosofia humanista em meio aos conceitos técnicos, para evitarmos que os nossos jovens sejam brutalizados pelo “SISTEMA”.
E a conta virá para todos nós!
Será preciso urgentemente a nossa “sociedade do conhecimento”, buscar se antever às inúmeras mazelas que já se apresentam; buscando, então, na literatura especializada, soluções acerca dos impactos sociais, cognitivos e afetivos sobre a nossa atual geração, que compreendem 92% dos adolescentes conectados às tecnologias digitais. Não adianta ignorarmos esta realidade que tem trazido consequências diversas para com as nossas crianças e jovens, futuros adultos.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário