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José Antonio

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“Larguem o osso”!

22/03/2015 às 00h01

Convocado pela Câmara Federal para se justificar que nesta casa teria “300, 400 achacadores”, o hoje ex-ministro da educação do Brasil, Cid Gomes, mesmo tendo pedido desculpas, quando ali esteve, não retirou nenhuma palavra do que dissera antes e reafirmou:

“Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo, vão para a oposição. Isso será mais claro para o povo brasileiro”. 

Cid Gomes, que já foi governador do Ceará, deve conhecer profundamente como se dá este relacionamento entre o poder executivo e o legislativo, que ele mesmo, da Tribuna da Câmara Federal, detonou:

“alguns querem criar dificuldades para conseguir mais um ministério (…) tinha um que só tinha cinco, criou dificuldades, conquistou o sexto. Agora quer o sétimo. Vai querer o oitavo. Vai querer a presidência da República”.

O que vimos por parte de Cid Gomes foi um ato teatral, mas num cenário real, num palco verdadeiro e o pior de tudo, é que o Congresso Nacional, através de seus nobres Deputados e Senadores, também não têm credibilidade alguma perante o País.

Cid estaria faltando com a verdade? Claro que não, mas é preciso ser muito macho para ter a coragem de dizer, com dedo em riste, da Tribuna da Câmara: “prefiro ser mal educado a ser achacador” e não sei como não rolou uma mão de tapa como aqui acolá acontece pelos parlamentos do mundo inteiro.

A prova maior, mesmo diante da verdade, que a Presidente Dilma é refém dos partidos, que entre a fala de Cid e sua saída do ministério foram de apenas de trinta minutos. Acho que a nossa presidenta preferiria, neste momento, talvez, a tortura dos anos de chumbo da ditadura militar, do que a “tortura” que vem sofrendo dos achacadores do Congresso Nacional, que segundo Cid Gomes atinge o aloprado número de 400, quando antes eram apenas 300, os que o ex-presidente Lula chamara de “picaretas”. Qual a diferença entre “picaretas e achacadores”?

Cid teria sido orientado pela presidente Dilma para pedir desculpas aos nobres deputados, mas não fraquejou. Deu o recado e quando viu que o ambiente estava ficando hostil, desceu da tribuna, deixou alguns deputados tentando se defender e uma fala a esmo se ouviu do presidente da casa: “vamos processá-lo”. Processar autoridades neste país é a mesma coisa que se procurar o sexo dos anjos, ou fazer um risco n`água.

Este fato me faz lembrar as declarações do governador Ricardo Coutinho ao se referir também a nossa assembléia legislativa: que não era possível manter uma maioria na casa, quando os adesistas custariam cerca de 300 mil reais por mês aos cofres do estado. Aqui como alhures, cada um tem seu preço.

A felicidade do povo brasileiro é que ainda, felizmente, no meio da caterva existem parlamentares dignos, honrados e honestos.

Mas qual é mesmo a diferença entre picaretas e achacadores? 

Aeroporto de Cajazeiras
O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) acompanhado do governador Ricardo Coutinho (PSB-PB) e do Secretário e deputado estadual Lindolfo Pires, participaram de uma audiência na tarde desta quarta-feira, dia 18, na Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR) que tem status de ministério e na ocasião reforçaram junto ao ministro Eliseu Padilha o pleito de conclusão e homologação do aeroporto de Cajazeiras. Para Lira, é fundamental que o aeroporto seja contemplado prioritariamente pelo Programa de Aviação Regional, que beneficiará 270 aeroportos brasileiros de pequeno e médio porte, sendo que 50 aeroportos deverão ser contemplados ainda neste ano. 

Para o governador Ricardo Coutinho, a região polarizada por Cajazeiras concentra grande interesse de investimentos do setor empresarial, além de convergir a locomoção de muitos estudantes universitários. "A área é ideal, já que não há obstáculo geográfico algum. A topografia é favorável às condições de pouso ideais para aeronaves”. 

É bom ressaltar que o senador Lira está empenhado na solução dos entraves das obras e da burocracia que estão impedindo a homologação do nosso aeroporto, mas o governo do estado teria outras prioridades, mas quem sabe, depois da ida de Lira para o senado possa o governo ter outra visão e começar a fazer a obra caminhar rumo à sua conclusão.  


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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