Indefinição

Por José Ronildo – A situação é realmente de indefinição em relação a sucessão estadual, tanto no agrupamento da situação, como no da oposição. No grupo situacionista a grande dúvida é com relação ao governador João Azevêdo: se deixa ou não o governo para disputar o Senado.
Ele tem sinalizado que vai se afastar, a começar pelo fortalecimento do PSB antes da campanha eleitoral para prefeito. Recentemente reuniu mais de 140 prefeitos na capital no dia em que anunciou um pacote de obras para 2024/2025, deixando os gestores satisfeitos e animados. Recentemente, o governador também revelou o interesse do PSB nacional e do presidente Lula por uma candidatura sua ao Senado para fortalecer a bancada do governo e do campo mais à esquerda.
O governador ainda distribuiu 113 ônibus escolares. Ele chegou a dizer que confiava no seu vice-prefeito Lucas Ribeiro e que assumindo o governo o mesmo se credenciava como candidato e não via problema nisso, provocando reação do presidente da Assembleia Legislativa Adriano Galdino, do Republicamos. Não acredito que João com o apoio de todos esses prefeitos deixe o cavalo passar selado em troca de oito meses de governo.
O Republicanos é um agrupamento político importante, comandado pelo deputado federal Hugo Mota e que conta também com o deputado federal Wilson Santiago e o presidente da Assembleia, Adriano Galdino. João saindo para o Senado e Lucas para o governo deve caber a esse partido indicar o vice outro o outro candidato ao Senado. Próximo ano serão duas vagas em disputa.
LEIA TAMBÉM:
O governador certamente entende que vale a pena antecipar sua saída do governo, afinal, serão apenas oito meses por um mandato de oito anos como Senador e que ele, diferente do que pensava Ricardo, não acha que elegendo um candidato de sua preferência vá continuar governando.
No campo da oposição, o clima também é de indefinição. Pedro Cunha Lima que foi candidato na eleição passada e se saiu muito bem pretende disputar novamente. Para o Senado, o nome de Veneziano parece ser consenso, apesar dele ter se queixado recentemente de falta sintonia no grupo oposicionista.
O senador Efraim Filho está otimista em relação a disputa em 2026 com base no resultado alcançado pelas oposições na eleição passada, mesmo enfrentando o governador que estava com a caneta na mão. Ele ainda aposta em defecções na base do governo. Eu acho difícil e acredito na manutenção da aliança envolvendo o PP, Republicanos, PT e PSB.
Pescando
O ex-prefeito de Sousa e empresário Fábio Tayrone vem pescando o apoio de lideranças políticas que estavam “soltas” na região de Cajazeiras. Ele é pré-candidato a deputado federal e já negocia apoios políticos com lideranças da região. Em Bom Jesus, Tayrone já fechou o apoio do ex-prefeito Evandro Brito, que após um tempo recluso, resolveu retomar as atividades políticas, juntamente com todo o seu agrupamento, como o ex-candidato a prefeito Sargento Lopes (PT) e o ex-vereador Paulo de Boscão. O ex-prefeito de Sousa também já teria fechado com a ex-candidata a prefeita de Poço de José de Moura, Galega de Raimundão. Em Uiraúna, ele conversou com o médico Diego Galdino e algumas lideranças, ficando de fora Dr. Bosco que já teria compromisso com Murilo Galdino para federal.
Perde
Caso o governador João Azevêdo deixe o governo para disputar uma cadeira no Senado, o nome de Lucas Ribeiro assume o governo e se credencia para disputar a continuidade do cargo. Se acontecer quem se fortalece em Cajazeiras é o ex-prefeito José Aldemir que é do mesmo partido de Lucas e aliado se sua mãe a senadora Saniela Ribeiro e do seu tio, Agnaldo. Já o deputado estadual Chico Mendes perde prestígio, inclusive, com a possibilidade de ver aliados substituídos em cargos comissionados e contratado. Olhe lá se o governador não entregar a direção do HRC ao grupo de Zé Aldemir e Júnior Araújo. Hoje, Chico é quem tem o comando de toda estrutura do Estado, como Educação, Saúde, etc, após ter tirado proveito do fato de Júnior ter celebrado uma aliança com Zé Aldemir, deixando de formar com o partido do governador.
Azul
Impressionante! A Azul encerrou os voos regionais nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Piauí, e por incrível que pareça deixou apenas o de Cajazeiras a Recife. Para se ter uma ideia, a empresa suspendeu os voos entre Juazeiro a Fortaleza e Recife.
Se a aviação regional não emplacou no Nordeste, no Sudeste, mais precisamente em São Paulo, ela registrou um grande aumento no número de passageiros. No interior do sudeste e do sul existem cidades grandes e bastante desenvolvidas.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário