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José Antonio

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Garimpando informações

21/09/2017 às 19h12

Garimpando informações Garimpando informações de Cajazeiras, entre Fortaleza, Recife e João Pessoa

Entre Fortaleza, Recife E João Pessoa, partindo de Cajazeiras, neste mês de setembro já percorri mais de dois mil quilômetros em busca de informações sobre Cajazeiras.

Em Fortaleza visitei o Instituto do Ceará, a Sala de História da Arquidiocese do Ceará, o Seminário da Prainha e a Santa Casa buscando os caminhos percorridos pelo Padre José Tomás de Albuquerque, que era sobrinho do Padre Rolim e foi o primeiro prefeito de Cajazeiras e que migrou para o Ceará onde exerceu o sacerdócio em várias paróquias, foi prefeito de Tianguá, esteve em 1873 na Amazônia, onde demorou pouco tempo, construiu a igreja de Barbalha, deve-se-lhe o inicio da cultura de trigo na Meruoca e deixou uma autobiografia em três volumes manuscrito e faleceu em Fortaleza no dia 20 de fevereiro de 1894. Sua sepultura foi feita por subscrição pública. Deixei amigos em Fortaleza me auxiliando nas pesquisas sobre ele, inclusive tentando localizar sua sepultura e o mais difícil: uma fotografia e sua autobiografia.

A vida deste ilustre filho de Cajazeiras foi muito intensa e de muitas realizações, que certamente foi narrada neste livro manuscrito por ele em três volumes. Fica a pergunta: onde estão estes manuscritos? Imagino que a maior parte destes deles seja sobre sua permanência em Cajazeiras ao lado do seu tio, o Padre Rolim. Tenho muitas esperanças de um dia encontrá-los.

Foi na Sala de História da Arquidiocese de Fortaleza onde colhi algumas informações que nos poderão “indicar” os caminhos por onde deveremos percorrer para encontrarmos mais informações sobre o nosso primeiro prefeito.

Estive também na biblioteca do DNOCS, para coletar dados sobre a construção do Açude Engenheiro Avidos, uma riqueza de documentos e fotografias que demandam tempo para cuidadosamente selecionar, mas foi muito proveitosa.

No Instituto do Ceará não consegui o que mais procurava: uma fotografia do Padre José Tomás, além de outras informações sobre outro ilustre cajazeirense: Antonio Joaquim do Couto Cartaxo, que foi o primeiro deputado federal constituinte por Cajazeiras, que também migrou para o Ceará onde fundou a cidade de Mauriti e foi deputado provincial.

Em Recife a peregrinação foi intensa: no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco voltei a procurar sobre o padre José Tomaz de Albuquerque com a ajuda de meu irmão Francisco Sales que é sócio, mas não encontramos o que preciso, mas o arquivo do Seminário de Olinda está sendo organizado e no momento não se tem acesso ao mesmo. Ando em busca também dos processos de ordenação sacerdotal de Padre José Tomás, do Padre Manoel Mariano de Albuquerque e do Padre Rolim. Deixei alguns amigos que se comprometeram em me auxiliar nestas buscas. Estarei voltando em breve para visitar outras instituições.

Em João Pessoa estive no Arquivo Público, que está instalado no Espaço Cultural e os documentos que me interessavam relativos aos anos de 1863 e 1864, anos da criação do município e sua instalação, mas nada foi encontrado, mas em compensação fui “premiado” com dois documentos: sobre as obras do cemitério Coração de Maria e da Igreja Matriz, datado de 1863 e sobre os valores da folha de pagamento da Câmara Municipal de 1865.

Na Casa de José Américo não encontrei, no rico acervo fotográfico deste grande paraibano, o retrato de quando recebeu o titulo de cidadão cajazeirense, em 1965, mas outras de sua participação em comícios e em visita à construção do Açude de Boqueirão de Piranhas.

Mas foi no Arquivo da Arquidiocese da Paraíba onde obtive parte do documento da ordenação sacerdotal do Padre Rolim, uma relíquia, datado de 1822, enquanto sobre os padres Manoel Mariano e José Tomaz, nada obtive.

A vida de pesquisador é assim mesmo, precisa de muita paciência, tempo e perseverança. Garimpar fontes históricas é um caminho, embora difícil, mas é gratificante. Enquanto não conseguir “tapar” alguns “buracos” nesta construção do meu livro, infelizmente ele vai sendo adiado.

Até breve.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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