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Francisco Inácio Pita

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Educação na Paraíba e seus efeitos colaterais

27/07/2013 às 10h58

Em um dicionário encontrei que significado de colateral: “está ao lado e numa direção aproximadamente paralela, Que não é parente em linha reta”, que não segue na mesma reta do ideal.  Essa é a forma apresentada na educação do Brasil e da Paraíba, alguns até dizem: o governo faz que paga, o professor faz que ensina e o aluno faz que aprende, não é essa a minha concepção sobre o sistema educacional da Paraíba, mas veja uma enorme aproximação, a grande maioria dos alunos não tem nenhuma perspectiva de futuro e o governo investe de forma errada, deixando de incentivar professores e funcionários ligados à educação e aplica os recursos em projetos paralelos, contrariando a forma ideal da nossa realidade educacional.  São investimentos oriundos dos Governos: Estadual e Federal.

Se formos apurar a aplicação das verbas destinadas a educação, percebemos que não corresponde a nossa realidade, principalmente a forma de como são aplicados os recursos. Veja um exemplo, doar de forma controlada uma bicicleta para o aluno, não passa de um investimento desordenado, observa-se que pelo menos as fornecidas em nossa região quase todas estão sem uso, outro fato interessante, o aluno deve devolver a bicicleta da forma como encontro, é impossível usar e não estragar, toda a manutenção é por conta do aluno.

Tem outro fator que muito me preocupa, a maioria dos alunos não vão concordar com o meu posicionamento, mas na verdade, vejo e sinto isso com os meus próprios olhos, sou professor da ativa e percebo a verdadeira situação de desprezo e interesse da maioria dos alunos. Podemos perceber no momento em que aplicamos uma tarefa. Se todas as avaliações têm sua aplicação individual, aumenta muito o índice de reprovação, se aplicamos as tarefas em grupos, percebe-se claramente que entre os participantes daquela equipe, algum está sem fazer nada, muitas vezes de olho ligado no celular, enviando mensagens sei lá pra quem e o professor quando vai reclamá-lo, muitas vezes é mau tratado. Se o professor se aproximar do grupo e cobra a participação dos ociosos, recebe sempre o olhar de repúdio e ódio ou a apresentação de uma desculpa esfarrapada, quando não é mau tratado verbalmente. A situação é de calamidade, fato que não tem respalde para os políticos, para eles quanto mais a população não estiver esclarecida, melhor ficapara praticar acrobacia com dinheiro público, sem muitos conhecimentos o povo se torna cada vez mais alienados politicamente.

A perspectiva de uma melhora na educação começa a partir de uma grande reforma. Veja apenas alguns pontos:

1.    Pagamento digno ao professor e ao mesmo tempo cobrar do mesmo um trabalho mais rígido e criativo

2.    Proporcionar aos professores e funcionários cursos de formação e atualização, principalmente no campo da informática.

3.    Implantar na escola um sistema que proporcione atualizar alunos e professores as novas tecnologias e que possa também se aproximar da velocidade do mundo tecnológico.

4.    Reformular os conteúdos didáticos e aplicar conteúdos que o aluno possa desenvolver habilidades diversas, entre elas, consiga descobrir a sua futura profissão.

Os administradores e legisladores sabem disse, é claramente visto nas propostas de campanhas eleitorais, todas os políticos falam de melhoria na educação e apresentam sempre um projeto pronto para revolucionar, mas depois de eleito suas propostas são esquecidas, e nós, os repensáveis pela educação não fazemos praticamente nada para termos aquelas propostas postas em prática.  Dinheiro não falta, falta é compromisso e dedicação de uma grande parte dos envolvidos, falta cobrança por parte do sindicato da categoria, falta união dos próprios professores e funcionários da educação para fortalecer ao sindicado e proporcionar condições de cobrar com firmeza os nossos direitos esquecidos e negado pelos nossos governantes.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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