Descasos sociais e a violência ocular

Por Francisco Inacio

Em diversas possibilidades da vida e durante toda a existência da vida humana na Terra, o mundo sempre foi pautado de violência e descendência de existir um ser dominante e um ser dominado. Falo isso, com base em muitos casos que vemos em nosso Brasil, que um dia estava sossegado e apareceu Cabral e sua turma, e começou a desfazer o que Deus criou, perturbando a natureza de forma cruel. Nas cidades pequenas do interior e também nas grandes cidades e nas capitais, por exemplo, o poder político prevalece por muitos anos dominando. Mesmo que as pessoas não queiram aceitar este posicionamento, mas infeslimente isso é verdade. Quem domina sempre prossegue dominando por muitos anos.

Por mais esclarecida que esteja a maioria da nossa população, ainda vemos muitas injustiças sendo cometidas entre os povos, à violência contra a sociedade está por deveras presente em diversos recantos do universo, o poder pode e manda sem lembrar do Cristo crucificado, morto e sepultado e ressuscitado ao terceiro dia. A violência no trânsito, roubos em todas as esferas desde da mão arma até as altas administrações públicas e outras mazelas sempre presentes no meio do povo.

Como se não bastasse, vamos falar de outro tema cruciante, a prostituição infantil, esse mal está presente em todas as partes do nosso país e em todo o universo, na maioria das vezes produzidas por famílias desestruturadas, e o mal vem a acelerar essa ação de indignidade social e humana. A maioria dos casos surge em famílias que não tem empregos fixos e salários dignos, também em famílias com estrutura social e mesmo com bons salários, mas que não estão presentes na vida dos filhos.

A prostituição infantil não só aparece em meninos e meninas de rua, mas aparece também no meio da sociedade de poder aquisitivo alto, apesar de ser de forma menos alarmante. Aparece com mais frequência em crianças que não tem o bom acompanhamento dos pais, que levam uma vida na bebedeira e de bar em bar e seus filhos sendo adotados por pessoas sem escrúpulos, que procuram levar as crianças e adolescentes a ruína. Tudo começa com oferta em dinheiro, e por conversas agradáveis e assim vai… Após o ingresso neste mundo, a adolescente na maioria das vezes, como todo começo são flores, começa a sentir prazer e vai se aprofundando no mal e quando tende a se cuidar é impedido, tanto pelos seus apadrinhados que está usufruindo com a sua exploração, a própria vitima não sente coragem de voltar ao seio de uma sociedade, que se diz limpa.

Quando uma criança ou adolescente se prostitui nas ruas de qualquer cidade em busca de dinheiro, é levada a este fim quando é submetida à violência dentro da sua própria casa e resolve fugir, quando ver os seus pais em desavenças constantes ou diariamente. Para fugir, necessita de ajuda de terceiros e faz qualquer coisa para ficar livre de casa e de sua família, se submetendo a qualquer tipo de pagamento. Os pagamentos nunca vêm a troco de nada, dessa forma, inicia a vida sexual e posteriormente tornando-se escravas do sexo para ganhar dinheiro e sobreviver, na maioria dos casos entra rapidamente no mundo das drogas ilícitas, como maconha, cocaína etc. Normalmente são aliciadas por pessoas praticas que explora o serviço de prostituição. Primeiro cria um ambiente, onde normalmente oferece inicialmente de tudo, depois começa a cobrar e quando a adolescente ou a jovem se toca, já é tarde demais.

As campanhas realizadas pela maioria dos governantes contra a prostituição infantil não passam de simples simbologia. Tais campanhas não trazem no seu âmago perspectivas de mudanças, ou seja, de uma vida digna para crianças e adolescentes que vivem submersas num mundo de qualidade tão ruim. Essas campanhas estão pautadas em leis cujas funções seriam moralizar e reprimir atuações exploradoras de indivíduos, entretanto, não se vê ações efetivas para sobrevivência desses jovens, há um total descaso com sua realidade social, mas na maioria dos casos fazem campanhas para embelecer o povo e fazer uma política barata.

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Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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