Denuncismo desenfreado: o desespero está no ar!
É notório e público que os responsáveis pela divulgação da candidatura tucana ao Governo da Paraíba mudaram de tática. Se antes a fala era mansa, tranquila e pausada, como os que têm o domínio da situação, agora se grita agitado, como os que perderam a razão diante duma realidade que desconheciam.
Em outras palavras, a mídia do candidato tucano o fez deixar o terreno do debate das ideias e das realizações para mergulhar no campo do denuncismo desenfreado, para usar um termo do professor Daniel Marques de Camargo, cujo artigo a respeito do tema, reproduzimos a seguir.
Agora, depois dos resultados das últimas pesquisas (6Sigma e Ibope), ao invés de se dizer o que se fez e o que se pretende fazer, a tática é o denuncismo barato e desavergonhado que calunia, injuria e difama. Denuncismo que não respeita nada nem ninguém! Muito menos a verdade, essa sim, a primeira e maior atingida desse comportamento desesperado de quem vê o castelo ruir.
A Paraíba e os paraibanos precisam ficar atentos para esse posicionamento desajustado já iniciado, porque por trás dele o que existe é tão somente interesse particular inconfessável daqueles que querem se aboletar do poder para dele servirem a si e aos seus.
Como nos ensina o dicionário Aulete, denuncismo é a “publicação nos meios de comunicação de pretensos fatos ou ocorrências não apurados com o rigor da ética jornalística e que, ao provocarem escândalo e sensacionalismo, geralmente visam a atingir a reputação de um indivíduo, de um grupo ou mesmo dos poderes constituídos”. E como diz o professor Daniel Marques Camargo, “o denuncismo, normalmente, interessa mais aos culpados e agride os inocentes e a Justiça.”
Mestre em Ciência Jurídica, o citado professor vai mais longe e afirmar que “o denuncismo não é só um subproduto do sensacionalismo infame (e cruel) do mau jornalismo. Denuncismo tem a ver com o nosso mundo pós-moderno, esse admirável mundo novo (Aldous Huxley), em que certos princípios éticos jazem derrotados. É nesse contexto que alguns tentam, muitas vezes com sucesso, subjugar, manipular, pressionar, achincalhar ou prejudicar o outro com representações, queixas, reclamações, ações, notificações e denúncias infundadas, sem lastro, inverídicas, abusivas e com o (injusto) intuito de satisfazer egoísticos interesses inconfessáveis, sem temer constranger, humilhar ou deturpar a imagem, a intimidade, a honra, a credibilidade, a profissão, os títulos, enfim, a dignidade alheia.
O denuncismo não é somente fruto da má-fé, da deslealdade, da improbidade, da falta de princípios, senso de Justiça e valores sólidos, mas também de uma suscetibilidade exagerada e manejada a esmo, que provém de pessoas que se apresentam com essa lamentável característica (e com lastimável assiduidade). Muitos existem que são extremamente sensíveis e atentos aos seus exclusivos interesses (alguns escusos), mas absolutamente indiferentes no que toca a um mínimo de respeito e consideração aos bens da vida alheios.”
Denuncismo desenfreado: o desespero está no ar!
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário