Denise ou Carlinhos vai para disputa em 2018
Por Fernando Caldeira
Política também tem muito de matemática. Afinal de contas, os mandatos e as reeleições são finitas, isto é, têm começo e têm fim! E fazendo as contas de mandatos e reeleições, a prefeita de Cajazeiras, Denise Albuquerque, vai iniciar o seu último ano de mandato, podendo concorrer a mais um, e somente um, novo mandato executivo municipal naquela cidade.
Isto significa que, vencendo a parada eleitoral vindoura (2016), em 2020 exaure o seu último mandato consecutivo. Ora, o médico Carlos Antônio, seu esposo, por questões judiciais que todos sabem, nem tão cedo poderá pleitear um cargo eletivo. Os srs.(as) acham que o caminhar político exitoso de Carlos Antônio, iniciado em 2001, e continuado por sua mulher a partir de 2012, vai se encerrar assim?
Eu respondo: claro que não! Mandato político se ganha ou se perde, nunca se entrega! Ora, se Carlos não pode e Denise exaure seu tempo político em 2020, é lógico e natural que procurem sobrevida política onde ela é possível. E no período compreendido entre 2016 (eleição municipal) e 2020 (término do mandato municipal conquistado em 2016), só em 2018 é que existe brecha para que o casal continue com representação na vida pública.
Em outras palavras, Carlos e Denise vão sim lançar um nome caseiro para disputar a eleição de deputado estadual. E quando digo um nome caseiro, não estou querendo dizer apenas próximo não. Caseiro mesmo! De dentro de casa! E de dentro de casa só veja dois nomes para disputar um mandato de deputado estadual em 2018: a própria Denise ou seja filho Carlinhos.
A primeira hipótese, Denise, ganha força em caso de fracasso duma reeleição em 2016, porque muito embora derrotada no pleito municipal, ela seria uma candidata com boa partida de votos, certamente, além de bem conhecida do eleitorado regional por conta do tempo em que foi prefeita da maior cidade do Alto Sertão e pela própria campanha feita em 2016.
Já a segunda hipótese, Carlinhos, é praticamente certa em caso de êxito na reeleição de Denise. Ora, reeleita, ela terá ainda mais facilidade de apoiar seu filho em busca desse novo mandato que, para além de 2020, portanto além do dela própria, mantém o clã na vida pública pelo menos até 2022!
S O L T A S
*Em pronunciamento de regresso na Câmara Municipal de Cajazeiras, a vereadora Léa Silva fez duas meias revelações: 1ª) a de que há 10 meses o governador recebida recadinhos contra ela no governo e, 2ª) que ela e Carlos Antônio já tinham um nome para substituí-la na Chefia da Casa Civil em dezembro, quando ela deixaria o cargo espontaneamente. Faltou a vereadora apresentar os nomes de quem mandava tais “recadinhos” e quem seria o nome a substituí-la. Mas ainda é tempo!
*Um dos motivos do afastamento do deputado José Aldemir do esquema governista em CZ foi justamente a conclusão de que o clã Araújo vai lançar um nome caseiro para uma vaga na Casa Legislativa estadual.
*Falar nisso, a escolha do vice na chapa de Denise também precisa ser caseira: quem afinal vai dar sustentação ao possível mandato estadual de Carlinhos a partir de 2022?
*Neste domingo o Trem das Onze entrevista o pré-candidato a prefeito de Cajazeiras, Antônio Gobira, e o pré-candidato a vereador, Gildemar Pontes, ambos pelo PSOL.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário