Crises de encomenda

Iniciamos o sexto mês da nova gestão administrativa da Paraíba, o que significa, aproximadamente, o passar dos 150 primeiros dias de governo.
Para quem tem, ainda, 1.310 dias de gestão, convenhamos, é muito pouco para qualquer avaliação mais aprofundada ou séria.

Projetar o governo Ricardo Coutinho, que encerra-se dia 31 de dezembro de 2014, pelos 150 dias passados no primeiro semestre de 2011, me parece senão temerário, jornalisticamente criminoso. Afinal, a ninguém dos mortais é dado saber o amanhã. Quanto mais o próximo ano, e o próximo, e o seguinte!

O que podemos avaliar, aí sim, são estes primeiros cinco meses do ano.
Para uns, tudo as mil maravilhas, o governo está ótimo. Para outros, tudo é crise, o governo está péssimo. Fico com a razão, sempre intermediária entre os pólos apaixonados do ótimo e do péssimo.

Como já afirmei, caminhou-se pouco; ainda há muito por caminhar. E se contemplarmos o ditado chinês que diz que “o mais difícil de uma grande caminhada é o primeiro passo”, então entenderemos que o mais difícil já foi superado.

Ricardo Coutinho encontrou um Estado, em janeiro último, em estado de abandono. Abandono moral, abandono administrativo, abandono gerencial e abandono político.

Pior, herdou promessas eleitoreiras irresponsáveis do ex-governador feitas a categorias de servidores públicos. Exemplo? A tal PEC 300 da PM. Outro exemplo? O pagamento de hum mil reais aos médicos de plantão no Hospital de Trauma, em João Pessoa. Entre outras mais. Todas feitas em período eleitoral, e portanto com claro comprometimento com o processo sucessório, sem nenhuma autenticidade de capacidade financeira do Estado.

Em outras palavras, o Sr. José Maranhão se viu na iminência de uma derrota e lançou mão de loucas promessas administrativas como forma de tentar reverter aquele quadro. Não reverteu, mas deixou um legado de irresponsabilidades a criar embaraços para o novo gestor.

A Justiça, chamada a se pronunciar, tem mostrado em suas decisões que o que afirmamos é real, ou seja, que o que foi prometido por Maranhão era politiqueiro e, portanto, ilegal.

Ao lado das politiquices e ilegalidades do ex-gestor que causaram “crises de encomenda” para o novo governador, a imprensa viúva do Palácio da Redenção, ainda inconformada com o resultado das urnas, vocifera e vomita a ira de quem até há pouco olhava o povo por cima, da sacada do Palácio, e agora, para mirar-lhe, precisa levantar a cabeça.

S O L T A S
*Fonte gabaritada informa que o compromisso do deputado José Aldemir para a Prefeitura de Cajazeiras na eleição do próximo ano é com o médico Carlos Antônio, candidato a prefeito e Marcos Barros candidato a vice. É prego batido e ponta virada.

*A mesma fonte, de outro lado diz que, fora disso, não há compromisso. É Carlos e Marcos e o compromisso mantido. Além ou aquém, a conversa muda!

*“Bancada petista quer suspender recesso parlamentar na Assembleia Legislativa” pelo momento político vivido na Paraíba. E o que dizem os petistas pelo momento vivido no governo Dilma, com escândalo de Palocci, greve nas Universidades, etc?

*Neste domingo (12) o prog. Trem das Onze entrevista a nova Secretária de Educação de Cajazeiras, profa. Maria do Carmo – Carminha.

Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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