Caso Maria Bethânia: Legal, mas imoral
A cantora Maria Bethânia poderia gastar um bilhão de reais para criar o seu socialmente importante videoblog de poesia, mas não com dinheiro público. Destinar R$ 1,3 milhão, dinheiro do nosso bolso, para criar um blog de poesia para a elite brasileira é mais que uma tapa na cara do contribuinte. É o cúmulo do desrespeito com o cidadão que trabalha quase cinco meses por ano apenas para pagar tributos. Isso mesmo, cinco dos doze salários de um ano vão para impostos.
Além de imoral, a atitude do Ministério da Cultura vai de encontro à política de cortes nos gastos públicos da presidente Dilma. Ora, quer dizer que o governo não pode contratar concursados aprovados, investir em saúde e aumentar salário do funcionalismo. Mas pagar R$ 1,3 milhão para a Maria Bethânia montar um videoblog de poesia pode?
Pior ainda é a justificativa do MinC, de que o projeto de R$ 1,3 milhão aprovado para o blog da cantora não garante a verba, apenas autoriza captação de recursos junto à sociedade, pela Lei Rouanet, que isenta de tributos empresas que contribuam com eventos e atividades culturais. Não importa a forma, se o dinheiro é “doado” por uma empresa, essa mesma empresa terá um desconto em seus tributos junto a Receita Federal. Resumindo: o dinheiro deixa de ir para o Estado e vai para o site da cantora baiana. Imoral.
Defensores da Maria Bethânia afirmam que grande parte desse montante iria para a produção dos vídeos. Será? A Folha de São Paulo anunciou hoje que, dos 1,3 milhão de reais, 600 mil seriam destinados à direção artística realizada pela própria cantora.
Não há ilegalidade alguma neste processo, mas a imoralidade é de causar revolta. Num País que ainda luta para combater a miséria, investir R$ 1,3 milhão num site privado é de uma contradição gigante.
Batatinha quando nasce… Pronto! Quero R$ 100 mil
Twitter da prefeitura de JP não funciona
Eu pensava que a participação de órgãos públicos nas redes sociais tinha como principal objetivo estreitar a relação entre a sociedade e a administração pública; solucionado problemas com menos burocracia. Mas na Prefeitura de João Pessoa a coisa funciona diferente.
O twitter oficial da PMJP (@pmjponline) recebeu várias vezes uma denúncia que trata de uma piscina abandonada na Rua Silvino Lopes, Tambaú, 754. Mas não teve a gentileza de ao menos dizer que recebeu a denúncia e que estaria buscando a solução do problema. Tudo indica que o responsável pelo twitter @pmjponline não vem prestando atenção nas entrevistas do prefeito Luciano Agra, o qual está se empenhando na luta contra a dengue.
Espero que a secretária de Comunicação, Livia Karol, oriente melhor a turma que cuida das redes sociais. Atuar em redes sociais não é ficar trocando figurinhas.
Diploma de jornalismo
O projeto de lei apresentado pelo vereador Adones Junior, em 2010, e aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de Santa Rita aguarda há um ano o veto ou sanção por parte do prefeito Marcus Odilon. A iniciativa do vereador Adones surgiu após a decisão do Supremo Tribunal Federal de acabar com a exigência do diploma.
Bira e a meia-entrada
O vereador da Capital, Bira (PSB), foi destaque nessa semana em decorrência do projeto de Lei que trata da meia-entrada para estudantes e que foi sancionado pelo prefeito Luciano Agra. O projeto assegura aos estudantes de João Pessoa o direito ao pagamento de meia-entrada em eventos culturais, esportivos e de lazer. A diferença é que essa nova lei determina multa em caso de descumprimento. Será que a lei finalmente vai ser cumprida?
Mentalidade atrasada
É de causar perplexidade o comentário de que Cássio estaria costurando uma aliança política com Veneziano. Tudo começou por conta de uma reunião para tratar da AACD em Campina Grande, mas os fofoqueiros de plantão não entenderam o gesto administrativo e começaram a profetizar alianças esdrúxulas para 2014. Nosso próprio povo não está preparado para uma nova postura política. Meu Deus.
Vice forte
Rômulo Gouveia tem desempenhado um papel de extrema importância como vice-governador. Rômulo não é de ficar parado e vive em Brasília, correndo atrás de ações e investimentos para o Estado. Diferentemente dos últimos vices, a exemplo de Lauremília Lucena, José Lacerda e Luciano Cartaxo; Rômulo não prefere ficar atrás de um birô. Ricardo não conseguiu apenas um vice de Campina Grande, mais que isso, ganhou um braço direito na administração. Parabéns.
Governistas fracos
Ricardo Coutinho precisa dar uma palestra para os deputados estaduais da sua base. Todos ficam calados perante os discursos acalorados da Oposição, fazendo cara de paisagem enquanto o governo leva paulada. É nessas horas que Ricardo Barbosa, Gilvan Freire, e João Fernandes fazem falta. Tinham coragem e discurso pra defender o governo que apoiavam.
Os mortos de Maranhão
De acordo com uma entrevista do secretário de Comunicação, Nonato Bandeira, o governo Ricardo recuou e não vai mais divulgar a lista dos funcionários mortos que recebiam no Maranhão III. Apenas informaram que o quantitativo girava em torno de 400. A justificativa é de que a divulgação poderia constranger os familiares dos falecidos. Faz sentido. Mas se isso realmente ocorreu, é crime, e com o dinheiro público. Precisa ser apurado.
Injustiça
A decisão judicial que proibiu o deputado federal Manoel Junior de fazer audiências públicas em João Pessoa é no mínimo arbitrária e antidemocrática. Como deputado, cidadão ou qualquer outra coisa, Manoel Junior tem o direito de se reunir com grupos de pessoas e debater problemas, projetos e criticas. O que ele não pode fazer é pedir votos, aí sim, seria uma campanha antecipada.
Será que estão agindo como Maranhão, que no ano passado queria barrar a Caravana da Verdade de Ricardo Coutinho? Lamentável.
O boi voou
Por favor, parem de dizer que em política só falta boi voar. Hervázio Bezerra aderiu a Ricardo.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário