Cajazeiras: 13.348 famílias em “Insegurança Alimentar”
Por José Antonio
Fiquei amedrontado em saber que existem 13.348 famílias em estado de “insegurança alimentar” em Cajazeiras. É um número assustador para uma cidade, com uma população próxima de 63 mil habitantes.
Tomando-se apenas três pessoas, em média, por família, temos então, 40 mil entes na triste situação de não ter em sua mesa a quantidade de alimentos suficientes para se alimentarem.
Tenho acompanhado de perto e até participado de algumas lutas em defesa de nossa cidade, tendo como exemplos: criação da Universidade do Sertão, retorno das linhas aéreas comerciais, revitalização do Açude Grande, implantação de um Pólo Tecnológico, dentre inúmeros, mas nós precisamos ir buscar, soluções, com mais urgência do que estes grandes e audaciosos projetos, saídas para “reduzir a fome” entre nossos conterrâneos.
É no âmbito do município que deve se inscrever o atendimento das questões sociais e detectar até que ponto, na realidade, existe de fato tanta vulnerabilidade no seio de milhares de famílias.
Não tenho conhecimento se no nosso município, recentemente, tenha sido realizada alguma pesquisa sobre a qualidade de vida do nosso povo. O IBGE, que deverá concluir a coleta do Censo, até o final deste mês de novembro, deverá publicar os verdadeiros números da nossa miséria, se é que ela exista.
O prefeito José Aldemir, poderia nestes dois anos de mandato que lhe resta, abrir uma frente de trabalho, ampla, pluripartidária e envolvendo ainda sindicatos, sociedade civil organizada, clubes de serviços, do mesmo jeito que se fazia para o “combate a fome” durante as secas e encontrar saídas definitivas para acabar a
“insegurança alimentar” que tem no município, até porque o número é alarmante: são mais de 40 mil pessoas. Hoje, em Brasília, não se discute outro assunto a não ser o de como encontrar uma saída, dentro dos recursos orçamentários, para que o Auxilio Brasil continue sendo de 600 reais, em 2023.
Mas, quais seriam as possíveis soluções para a “insegurança alimentar”, já que é um problema não apenas social, mas econômico e sanitário? Estudos indicam que ela perpassa pelas esferas públicas e privadas e contam ainda com ações que podem ser efetuadas em escala individual e coletiva, dentre essas soluções, estão: ampliação de políticas públicas voltadas para a erradicação da pobreza, tendo como prioridade uma melhor distribuição de renda; incentivo à agricultura familiar, bem como ao pequeno e médio produtor, cujos produtos teriam como prioridade o mercado interno; controle do desperdício de alimentos; desenvolvimento de uma agricultura sustentável; uma educação alimentar e nutricional e melhoras na qualidade e ampliação da alimentação escolar.
Enquanto Diretor da Rádio Alto Piranhas, já autorizei inúmeras campanhas para pessoas pobres, que bateram à nossa porta, que afirmavam não ter absolutamente nada para comer em casa. E estes fatos me deixavam preocupado.
Precisamos detectar até que ponto, em Cajazeiras, tem mais de 40 mil pessoas em estado de “insegurança alimentar”.
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